Descrição
Anatomia osteomioarticular do abdome e pelve; articulações entre os ossos da pelve e a coluna vertebral; ligamentos que geram a estabilidade dessas articulações; músculos dessas regiões e sua interação com o movimento humano e sua fisiologia.
PROPÓSITO
Compreender a anatomia osteomiorticular é importante porque o futuro profissional da área de Saúde deve conhecer seu material de trabalho: o corpo humano. Dessa forma, nos debruçamos sobre a anatomia abdome e pelve para entender sua estrutura que, somada aos conhecimentos de anatomia dos sistemas, Fisiologia, Biomecânica e outros, formarão uma base sólida para sua atuação profissional.
Preparação
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha acesso a um atlas de anatomia humana disposto em livro físico ou em ambiente virtual.
OBJETIVOS
Módulo 1
Identificar os ossos da pelve e sua relação com a coluna vertebral
Módulo 2
Reconhecer as articulações da coluna lombar e pelve
Módulo 3
Descrever origem, inserção, ação e inervação dos músculos do abdome e pelve
Introdução
A partir de agora, estudaremos as estruturas ósseas que compõem a pelve e a coluna vertebral em seus segmentos lombar e sacrococcígeo. Os ossos da coluna vertebral, em seu segmento lombar, em geral, são estudados em conjunto com os outros ossos do dorso, mas faremos uma abordagem sobre este assunto aqui, pois tais ossos se articulam diretamente aos ossos do quadril.
No que tange às vértebras lombares, são as maiores vértebras da coluna vertebral, apresentando corpos vertebrais mais robustos em relação aos demais segmentos. Além disso, seu forame vertebral apresenta maior espaço interno, contribuindo para uma área de saco dural mais livre. A quinta e última vértebra lombar (L5), se articula com o osso sacro, que é um conjunto de vértebras “soldadas” entre si. Além do cóccix, que, da mesma forma que o osso sacro, são vértebras também “soldadas” e muito pequenas.
O sacro e cóccix se articulam aos ossos do quadril (que são três ossos, não apenas um, como alguns pensam), formando a pelve. Esse conjunto de ossos é adequadamente articulado e estabilizado por diversos ligamentos.
Posteriormente, estudaremos os músculos do abdome que formam um conjunto muito forte que, em sinergia com os músculos da região dorsal e lombar, representados pela aponeurose toracolombar, são os responsáveis pelo equilíbrio e harmonia de movimentos entre as regiões superior e inferior do corpo.
Muitas pessoas relatam dores lombares que ocorrem mesmo na ausência de reais lesões, como hérnias de disco, osteofitose ou similares. Quando não há causa diagnosticada por lesões, o enfraquecimento dos músculos abdominais e paravertebrais levam às dores lombares. Nessas circunstâncias, exercícios que fortaleçam o núcleo (parte central – abdome e lombar) são uma excelente opção para diminuir e, até mesmo, eliminar as dores lombares.
Agora, vamos aprofundar o estudo da anatomia osteomiorticular da região do abdome e da pelve.
MÓDULO 1
Identificar os ossos da pelve e sua relação com a coluna vertebral
Curvaturas da coluna
Quando estudamos a osteologia do abdome, percebemos que não há ossos ali, ou seja, não vemos ossos da região abaixo das costelas até os ossos dos quadris. E, realmente, anteriormente não há ossos, entretanto, posteriormente, esses ossos existem, são os ossos da coluna lombar e da pelve.
Na coluna vertebral, encontramos as curvaturas fisiológicas. Lembre-se que a região cervical apresenta uma lordose, da mesma forma que a região lombar. Por outro lado, no segmento torácico encontramos outro tipo de curvatura, a cifose. Todas estas curvaturas são fisiológicas (Figura 1).
A hipercifose, a hiperlordose e a escoliose são curvaturas não fisiológicas, mas a escoliose também é descrita como o “desvio lateral” de coluna. A retificação (ausência) de curvaturas também pode gerar diversos problemas.
Exemplo
Uma retificação da coluna lombar é um problema, pois a curvatura fisiológica (lordose) deixa de existir, sendo comumente chamado de costas planas, o que corresponde à retificação da curvatura fisiológica correta para o referido segmento.
É importante destacar que as curvaturas fisiológicas da coluna vertebral têm por principal função dissipar as cargas gravitacionais e, dessa forma, diminuir possíveis lesões oriundas de impactos durante as atividades cotidianas (andar, correr, saltar ou pegar e carregar objetos). Assim, retificações das curvaturas, como a retificação da curvatura lombar, aumentam em muito a sobrecarga sobre as vértebras desta área, da mesma forma que uma escoliose leva a sobrecargas indesejadas. Agora, vamos analisar mais de perto a região lombar.
As vértebras lombares são as maiores vértebras do corpo humano. Elas possuem um disco intervertebral localizado entre os corpos vertebrais. Esse disco, formado por um anel fibroso e um núcleo gelatinoso, tem como função evitar o atrito entre os corpos das vértebras e o desgaste ósseo (Figura 3).
Em certas circunstâncias, esse disco pode sofrer alterações progressivas que podem levá-lo a protusão discal, extrusão discal ou ao desenvolvimento da hérnia de disco. Veja a seguir a quais situações isso pode estar atrelado:
Envelhecimento
Postura inadequada e sustentada ao longo do tempo
Impactos repetidos
Forças de cisalhamento
Cisalhamento
O cisalhamento é gerado pelas forças compressivas rotacionais, ou seja, se manifesta quando ocorre uma rotação para além de 40º a 50º (variando de forma individual), causando o aumento da compressão de parte do disco intervertebral.
Atenção
Essa situação pode levar a lesões nos anéis fibrosos do disco intervertebral que, progressivamente, rompem suas fibras, diminuindo a força de contenção do anel fibroso sobre o núcleo pulposo, o que aumenta a possibilidade de protusão até a condição de hérnia discal.
Voltando o foco para as vértebras, elas possuem volumoso corpo vertebral, processo espinhoso, processo transverso (ou processo costiforme, dependendo da referência), forame vertebral, processo laminar, arco vertebral, processo articular superior e inferior, pedículo do arco vertebral e processo acessório (Figura 4).
Agora que você já localizou os acidentes ósseos, vamos seguir em direção caudal até o osso sacro.
O sacro é um osso irregular, parte da coluna vertebral, mas também da pelve. Esse osso se articula entre os ossos ilíacos direito e esquerdo, sendo o responsável pelo “fechamento” posterior da pelve.
Vejamos a anatomia do osso sacro: na visão posterior, vemos processo articular superior, canal sacral, tuberosidade sacral, crista sacral lateral, crista sacral medial e crista sacral mediana. É possível ver ainda os forames sacrais posteriores, corno sacral, hiato sacral e o ápice do sacro (Figura 5).
Por outro lado, ao observar a visão anterior, podemos identificar o processo articular superior, base do sacro, promontório, asa do sacro, forames sacrais anteriores, linhas transversais e o ápice do sacro novamente. Note que a parte superior se chama base do sacro. Na face anterior, localiza-se o promontório. Também é possível identificar a asa do sacro, crista sacral medial, crista sacral mediana, processo articular superior e canal sacral, além da face auricular (Figura 6).
Atenção
O osso sacro realiza o “fechamento” da parte posterior da pelve, vale notar que há presença de forames tanto anteriormente quanto posteriormente. Estes forames têm grande importância tanto para órgãos pélvicos, quanto para os membros inferiores (MMII). Isso se dá em virtude das raízes nervosas que emergem dos forames anteriores, dando origem ao plexo pudendo, que inerva os órgãos internos. Por outro lado, os forames posteriores dão origem às raízes nervosas que darão origem aos nervos motores e sensitivos que inervarão os MMII.
Observando o segmento final, vemos o cóccix, onde é possível identificar o corno coccígeo e as pequenas vértebras coccígeas, todas soldadas (Figura 7).
Osteologia da pelve
De posse desse conhecimento, podemos dar início ao estudo da osteologia da pelve. Veja que os ossos do quadril, ilíacos, são a junção de três ossos que se fundem em uma única peça: ílio (amarelo), ísquio (verde) e púbis (azul) (Figura 8).
Atenção
É importante lembrar que o conjunto de ossos da pelve sustenta o peso da parte superior, que fica distribuído a partir dela (pelve) até os membros inferiores.
Estudaremos, agora, em maior detalhe os acidentes desses ossos, que, normalmente, são locais de origem e inserções dos músculos. Observe a figura 9, que apresenta uma visão geral e, posteriormente, vamos focar em partes específicas.
Após examinada a figura 9 como um todo, vamos estudar de forma mais específica a parte superior desse conjunto: os acidentes ósseos do ílio.
Na figura 10, temos uma visão lateral dos ossos que formam o quadril, ou osso ilíaco. Mas você precisa ter muito claro que o osso ilíaco (ou osso do quadril) é, na verdade, o conjunto de três ossos:
Ílio
Ísquio
Púbis
Agora, vamos aos acidentes ósseos do ilíaco?
Note que, até o momento, estamos estudando apenas o osso ílio em amarelo em nossa figura 8. Agora, reveja esses acidentes ósseos com toda atenção. Lembre-se que esses acidentes serão de grande importância quando estudarmos a origem e inserção dos músculos desta região.
Continuaremos a estudar o osso ílio, porém em uma visão medial. Nesta visão, fica fácil identificar na crista ilíaca seu lábio interno. Em sentido póstero-caudal, podemos identificar a tuberosidade ilíaca e a face auricular (para articular com o sacro). Na parte interna, vemos a fossa ilíaca (parte interna da asa do ilíaco) e a linha arqueada.
Com isso, fechamos o estudo do osso ilíaco (Figura 11).
Comentário
Estudamos as partes, lembrando a você que as cores lhe orientam conforme a figura 8. Atente para os acidentes ósseos, observando a partir da espinha isquiática. Em sentido caudal, vemos a incisura isquiática menor, corpo do ísquio, tuber isquiático e ramo do ísquio.
Nos resta agora estudar o osso púbis e seus acidentes ósseos. Veja a figura 12, em que é possível identificar os acidentes ósseos. Também é possível identificar a face semilunar e, em sentido caudal, localizamos o limbo ou margem do acetábulo. Continuando, identificamos a incisura do acetábulo, o ramo superior do púbis, o tubérculo púbico, a crista obturatória e o ramo inferior do púbis.
Muitos acidentes ósseos, não é mesmo? Talvez você esteja pensando:
Por qual motivo é necessário que eu estude todos estes acidentes ósseos?
Resposta
A resposta é simples, pois cada acidente ósseo tem uma razão de ser e muitos deles são regiões de origem ou inserção muscular. Para além disso, alguns acidentes ósseos são importantes demarcadores de áreas para as mais diversas atuações profissionais. Por exemplo, a crista ilíaca é um acidente ósseo importante para profissionais de saúde que realizam avaliação física com o adipômetro.
Após estudarmos a pelve de forma geral, é importante falarmos das diferenças entre a pelve masculina e a feminina.
Adipômetro
Equipamento que mensura a quantidade de gordura subcutânea.
Nas mulheres, a estrutura óssea da pelve é diferente em relação aos homens, pois ela é projetada para favorecer a gestação e o parto. Em ambos os sexos, a pelve funciona como estrutura principal para suportar o peso gerado pela gravidade que incide sobre toda a massa corporal acima.
Assim, no caso das mulheres, a nova vida gerada precisa de mais espaço, sendo este anatomicamente preparado pelas diferenças nestas estruturas (Figura 13).
Acidentes ósseos da pelve
No vídeo a seguir, apresentaremos os principais acidentes ósseos da pelve.
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MÓDULO 2
Reconhecer as articulações da coluna lombar e pelve
Artrologia da coluna lombar
Após estudarmos os ossos da coluna lombar e da pelve, vamos entender como esses ossos se articulam entre si, contribuindo para a realização dos movimentos durante as atividades cotidianas e esportivas.
As vértebras lombares se articulam entre si, com uma grande sobrecarga mecânica, ou seja, com toda a massa corporal que há acima delas. Seus corpos vertebrais são volumosos e se articulam uns sobre os outros por intermédio das faces articulares superior e inferior. Além disso, entre os corpos vertebrais, há o disco intervertebral.
Atenção
Cabe lembrar que há ligamentos que cobrem a coluna vertebral em toda sua extensão, da região cervical até a região lombar.
Vamos olhar mais de perto esta fantástica estrutura que é a coluna lombar e estudar suas articulações para melhor entendimento?
Os processos articulares são cobertos por uma cápsula articular, que confere a estas pequenas articulações um ambiente de proteção para que possam realizar pequenos deslizamentos que, ao serem somados, possibilitam maiores amplitudes de movimento.
A seguir, observe essas articulações na figura 14.
Perceba que são muitos ligamentos que trabalham de forma sinérgica, visando sempre a manutenção da posição anatômica de todas as vértebras com o objetivo comum de preservação de estruturas importantes como a medula espinal, mas também das faces articulares. Ao mesmo tempo que há movimentos, estes não podem exceder limite fisiológico, sob a pena de gerar lesões graves ao sistema (Figura 14).
Na figura 15, identifique os ligamentos e perceba que os ligamentos longitudinais (anterior e posterior) se conectam aos discos intervertebrais e, desta forma, aumentam a estabilidade entre as vértebras.
Artrologia da pelve
Aprofundando nosso conhecimento sobre o tema, iniciaremos o estudo da artrologia da pelve.
Os ossos da pelve se relacionam com a coluna lombar e fêmur. Ao mesmo tempo, são responsáveis por uma grande carga gerada pela ação da gravidade sobre a massa corporal que está acima deste segmento.
Note que apenas os “encaixes” ósseos não seriam suficientes para manter toda esta estrutura em seus devidos lugares, sendo, então, necessárias outras formas de estabilização das articulações. Em artrologia, estudaremos estas articulações e os ligamentos que favorecem esta estabilidade.
Agora que já entendemos que as articulações não são apenas o encontro dos ossos, que possuem uma série de outras estruturas envolvidas, vamos iniciar o estudo da artrologia, entendendo como a coluna lombar se articula com o osso sacro.
Atenção
A articulação lombossacra é uma articulação cartilaginosa (ou anfiartrose) do tipo sínfise. Neste modelo de articulação, existe o disco intervertebral, como em todas as articulações entre as vértebras, como vimos no estudo das vértebras lombares.
Continuando nosso estudo sobre a articulação lombossacra, vemos que esta articulação é formada pelas pequenas articulações sinoviais (diartrose) nas faces articulares. Lembre-se que a última vértebra lombar (L5) se articula diretamente sobre o sacro e gera um espaço conhecido como L5-S1.
O que seria essa ideia de espaços?
Vamos pensar nas vértebras L4 e L5. Entre elas, há um espaço que é preenchido pelo disco intervertebral, certo? Caso haja uma intercorrência neste espaço, uma hérnia, por exemplo, é comum localizar como hérnia, ou protusão discal no espaço L4-L5. Da mesma forma, quando isso ocorre entre a última vértebra lombar (L5) e o sacro, é comum dizer que é no espaço L5-S1. Por outro lado, não pode haver a mesma situação entre S1 e S2 porque o osso sacral é uma peça única. O mesmo ocorre com todas as vértebras sacrococcígeas.
Estudamos anteriormente os ligamentos longitudinais anterior e posterior e, além desses, o ligamento amarelo. Lembra deles? Pois é, eles estão presentes aqui também. Além desses importantes ligamentos, encontramos um ligamento exclusivo dessa área anatômica, o ligamento iliolombar. Ele se insere cranialmente no processo transverso da quinta vértebra lombar e, de forma distal, através dos feixes que se direcionam a estruturas distintas. O referido ligamento gera estabilidade entre a região lombar e a pelve, fortalece esta conexão e limita o distanciamento entre estas estruturas, sendo este ligamento sinérgico às ações dos ligamentos longitudinais anterior e posterior.
Veja que os feixes do ligamento iliolombar se dirigem a estruturas distintas:
Primeiro feixe
Dirige-se à base do osso sacro, se fundindo ao ligamento sacroilíaco ventral (anterior).
Segundo feixe
Insere-se na crista ilíaca, próximo à articulação sacroilíaca.
Perceba que este arranjo é de grande importância por ancorar estas estruturas de forma a garantir a integridade, contribuindo com outros ligamentos e músculos existentes nesta região (Figura 16).
Agora podemos realmente começar a estudar artrologia da pelve. Veja que o osso sacro se articula com o osso ílio, formando a articulação sacroilíaca. Esta articulação é uma muito interessante por dois fatores:
Sua capacidade de suportar a carga de toda a parte superior do corpo.
Apresenta características ambíguas, ou seja, apresenta características de uma articulação sinovial, com presença de cápsula articular e líquido sinovial, mas também apresenta características de uma articulação cartilaginosa do tipo anfiartrose, uma vez que, apresenta fibrocartilagem unindo as faces auriculares do sacro e do ílio.
Esta articulação é reforçada pelo ligamento sacroilíaco anterior (Figura 16). Além do ligamento sacroilíaco anterior, em visão posterior, há outros ligamentos, em maior quantidade e qualidade, ou seja, ligamentos ainda mais fortes. Estes são os ligamentos sacroilíacos posteriores, ligamento interósseo, sem esquecer do ligamento supra espinhal, que já foi estudo anteriormente e o ligamento sacrotuberal. A seguir, vejamos cada um deles:
O ligamento sacroilíaco anterior tem por função estabilizar a articulação de mesmo nome. Em outras palavras, esse ligamento traciona os ossos sacro e ilíaco de encontro um ao outro. Esta função é particularmente importante por prover a estabilidade necessária à articulação. As cargas longitudinais poderiam gerar a luxação desta articulação, não fossem os estabilizadores passivos (ligamentos) e ativos (músculos).
O ligamento sacroilíaco posterior tem função sinérgica a seu par anterior, o ligamento sacroilíaco anterior, ou seja, este também promove a estabilidade da articulação sacroilíaca. Os ligamentos interósseos e supraespinhal geram uma “rede” de conexões entre as estruturas ósseas (processos espinhosos), gerando uma grande e contínua estabilidade entre estas estruturas.
O ligamento sacrotuberal, faz conexão entre o osso sacro cranialmente e o osso ísquio, em sua tuberosidade ou túber isquiático. Este ligamento é interessante, pois gera estabilidade e manutenção à posição anatômica do osso sacro.
Cabe mencionar que há outros ainda, mas que veremos unindo outras estruturas. Veja este conjunto de ligamentos em visão posterior na figura 17.
Relembrando
Vimos as articulações entre o sacro e os ossos íleos, direito e esquerdo. Em sentido caudal, chegamos ao osso cóccix, que, como você estudou anteriormente, são pequenas vértebras unidas entre si, soldadas na verdade.
Dando continuidade ao que já estudamos até agora, observe a figura 16, em que você consegue identificar o ligamento inguinal, que vai da crista ilíaca anterossuperior ao tubérculo púbico, gerando estabilidade através da manutenção da localização anatômica destes ossos que dão nome ao ligamento.
Observando em visão posterior novamente, mas dando foco aos ligamentos inferiores, identificamos o ligamento sacrotuberal (que você chegou a ver na visão anterior). Abaixo no nível de cóccix, vemos os ligamentos sacrococcígeos (ligamento sacrococcígeo superficial e profundo).
Atenção
Estes ligamentos são localizados em camadas, ou seja, o ligamento sacrococcígeo profundo se encontra imediatamente abaixo do ligamento sacrococcígeo superficial. Estes ligamentos têm por função a estabilização entre o osso sacro e o pequeno osso cóccix evitando que eventuais choques os separem.
Vemos também o ligamento sacroespinhal, também observado anteriormente, ligamentos que visam a estabilidade das vértebras junto ao sacro. Na figura 17, temos todos estes ligamentos facilmente identificáveis. Após estudarmos estes ligamentos podemos entender que todos eles realizam um trabalho conjunto. Observe os ligamentos por alguns segundos.
Se eu pedisse que você fizesse uma avaliação desses ligamentos, o que você faria? Como você entende que estes ligamentos realizam suas funções? Proponho a você um exercício, vamos?
Veja a figura 18 e, utilizando por referência as figuras 16 e 17, revise todos os ligamentos pélvicos estudados.
Saiba mais
Agora que você já entendeu como as articulações se organizam e se tornam muito estáveis, podemos aproveitar para entender o que acontece durante um dos momentos mais belos da vida humana, o parto.
Durante toda a gestação, as mudanças anatômicas e fisiológicas afetam a morfologia da mulher. Entretanto, durante o trabalho de parto, diversos hormônios são secretados, entre eles a relaxina, que é um hormônio produzido pela placenta e pelo corpo lúteo, que gera um relaxamento, uma frouxidão temporária das articulações da pelve. Este evento fisiológico é particularmente importante, pois favorece a passagem do bebê pela pelve óssea. Após o parto, os níveis de relaxina vão progressivamente declinando e os níveis de frouxidão ligamentar deixam de existir, voltando a pelve ao seu estado anatômico e fisiológico normal.
Ligamentos da pelve
No vídeo a seguir, abordaremos as principais articulações e movimentos articulares da pelve.
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MÓDULO 3
Descrever origem, inserção, ação e inervação dos músculos do abdome e pelve
Miologia do abdome
Chegamos ao estudo dos músculos, a miologia. Faremos um estudo dos músculos abdominais, aprendendo sobre sua origem, inserção, ação e inervação. Você vai entender como estes músculos estabilizam o corpo em posição ortostática e são importantes para gerar movimento.
Músculo reto abdominal
Iniciando esta fase de nosso estudo, vamos aos músculos do abdome, começando pelo reto abdominal. Este músculo tem sua origem na face inferior, parte externa da 5ª à 7ª cartilagem costal, além do processo xifoide, que fica no osso esterno. Sua inserção acontece no corpo do púbis e sínfise púbica (Figura 19).
A ação do músculo reto abdominal deve ser entendida em alguns detalhes. Ao contrair, aumenta a pressão intra-abdominal, sendo útil na expiração forçada, nas ações de vômito, defecação, micção e na fase expulsiva do parto. Porém, se o virmos em ação tendo por ponto fixo o tórax (origem), ele realiza a retroversão pélvica.
Por outro lado, se fixo na inserção (pelve), ele realiza a flexão da coluna em aproximadamente 30° a 40° dependendo do grau de mobilidade do indivíduo.
É inervado pelos cinco últimos nervos intercostais. Este músculo, quando bem definido, devido à quantidade diminuída de gordura subcutânea nesta área, é o responsável pelo abdome de “tanquinho” que as pessoas tanto almejam e, para tal, realizam treinamentos e dietas. Esta aparência de “tanquinho” se deve pela presença de intersecções tendíneas existentes neste músculo.
Músculo piramidal do abdome
Ao centro do abdome, na direção da cicatriz umbilical, desce uma linha chamada linha alba. Aquela que aparece enegrecida em algumas grávidas. No fim desta linha, há um pequeno músculo responsável por deixar esta linha tensionada (sua ação) para que, dessa forma, ela possa servir como “âncora” para diversos outros músculos.
Este é o músculo piramidal do abdome, com origem na linha alba. Sua inserção acontece no corpo do osso púbis e ligamento púbico anterior, sendo inervado pelo décimo segundo nervo intercostal (Figura 20).
Músculo oblíquo externo do abdome
Dando sequência, vemos agora o músculo oblíquo externo do abdome, com origem na face externa das sete últimas costelas. Sua inserção acontece na metade anterior da crista ilíaca anterossuperior no osso ílio, além disso se insere também no tubérculo do púbis e na linha alba.
Suas ações são muito interessantes. Sendo assim, vamos enumerar:
- Em contração unilateral gera rotação, em que o tórax gira para o lado oposto do músculo.
- Em contração bilateral, gera flexão do tronco e, consequentemente, aumento na pressão intra-abdominal. Este músculo é inervado pelos quatro últimos nervos intercostais, nervo ílio-hipogástrico e nervo ilioinguinal (Figura 21).
Músculo oblíquo interno do abdome
O músculo oblíquo interno do abdome tem origem nas três últimas cartilagens costais, se estendendo ainda pela crista do púbis e linha alba. Sua inserção ocorre na crista ilíaca, espinha ilíaca anterossuperior e ligamento inguinal.
Sua ação é muito semelhante ao seu par oblíquo externo. No entanto, seria um erro afirmar que é a mesma, pois na ação do oblíquo interno, a rotação é para o mesmo lado do músculo, de forma contrária ao que ocorre na ação do oblíquo externo. Por fim, este músculo é inervado pelos quatro últimos nervos intercostais, nervo ílio-hipogástrico e nervo ilioinguinal (Figura 22).
Músculo transverso do abdome
O músculo transverso do abdome tem origem na face interna das últimas seis cartilagens costais, se estendendo pela fáscia toracolombar, crista ilíaca e ligamento inguinal. Sua inserção acontece na linha alba e na crista do púbis.
Atenção
A contração desse músculo aumenta a pressão intra-abdominal e estabiliza a coluna lombar, sendo de grande importância para atividades com cargas no esqueleto apendicular. Quando há carga sobre o esqueleto apendicular, é necessário que diversos músculos, especialmente o transverso abdominal, se contraiam gerando estabilidade.
Por exemplo, imagine que você foi ao mercado, fez algumas compras, mas pôs tudo em uma única bolsa de mercado e tem que caminhar em direção a seu carro. Esta bolsa está sendo transportada em uma de suas mãos, gerando carga para um lado, situação que geraria uma inclinação lateral do tronco. A atividade do músculo transverso do abdome irá estabilizar sua postura, evitando esta inclinação lateral indesejada. Logo, atividades que dependem de boa estabilidade central recebem grande contribuição desse músculo.
Por fim, esse músculo é inervado pelos cinco últimos nervos intercostais, nervo ílio-hipogástrico e nervo ilioinguinal (Figura 23).
Músculos posteriores ou retroperitoneais
Ao contrário do que muitos pensam, os músculos abdominais não se limitam aos que se inserem na região abdominal. Eles incluem músculos posteriores, retroperitoneais. É por isso que se fala em core, que significa núcleo, ou seja, a parte central, em 360°. Dessa forma, fica fácil entender que os músculos posteriores fazem parte.
Músculo quadro lombar
O primeiro músculo da região retroperitoneal a ser estudado é o quadrado lombar (Figura 24). Esse músculo tem sua origem na região da 12ª costela e no processo transverso das vértebras lombares (da 1ª a 4ª vértebras lombares para ser mais exato). Sua inserção se localiza na crista ilíaca e no ligamento ileolombar.
Ao se contrair, esse músculo gera a inclinação homolateral do tronco. Se a contração for bilateral, ele participa grandemente da extensão do tronco.
Esse músculo é inervado pelo 12º nervo intercostal e pelo nervo de L1.
Entendendo agora a localização do músculo quadrado lombar, podemos pensar a respeito de alguns fatores. O que acontece quando o músculo quadrado lombar direito se encontra encurtado? Pensou? Creio que foi muito fácil responder esta questão, certo? Esse músculo irá tracionar as costelas em direção à crista ilíaca e vice-versa, entretanto, a postura como um todo, trabalhada por muitos outros músculos tenderia a manter-se. Consequentemente, haveria dor lombar (lombalgia).
Músculo iliopsoas
Outro músculo que faz parte deste importante conjunto é o músculo iliopsoas. Na verdade, iliopsoas é um conjunto de músculos, formado pelos músculos psoas maior, psoas menor e músculo ilíaco.
Para facilitar nosso entendimento, estudaremos cada um e, na sequência, entenderemos como estes funcionam em conjunto.
Para iniciar, vamos ao músculo ilíaco, com origem em dois terços superiores da fossa ilíaca, crista ilíaca e na asa do sacro. Sua inserção se localiza no trocânter menor.
Sua ação é a flexão do quadril. Além disso, a anteroversão da pelve e executa a flexão da coluna lombar, ocorrendo entre 30°e 90º, se fixo no trocânter menor.
Por fim, esse músculo é inervado pelo nervo femoral, que emerge entre L2 e L3.
Continuando, vemos agora o músculo psoas maior, com origem no processo transverso de todas as vértebras lombares (também de seus corpos e discos intervertebrais), e das últimas vértebras torácicas. Sua inserção está também no trocânter menor, tal qual o músculo ilíaco, o que é importante para nosso estudo.
Sua ação é a flexão da coxa, flexão da coluna lombar (também entre 30° e 90°), além da inclinação homolateral.
Esse músculo é inervado pelo nervo superior e inferior do músculo psoas maior (que emerge entre L1–L3).
Por fim, chegamos ao músculo psoas menor, que nem sempre está presente, pois esse músculo pode se fundir ao psoas maior ou simplesmente não estar ali.
Caso exista, sua origem está nos corpos vertebrais de T12 a L1, sua inserção ocorre na eminência iliopectínea e sua ação é a flexão da pelve e coluna lombar, sendo inervado pelo nervo que emerge de L1.
Agora que vimos em separado esses três músculos, cabe entender o que ocorre na prática. Em estudo de cinesiologia, ou seja, em estudos de anatomia aplicada, vemos os músculos agindo em sinergia, daí o termo músculo iliopsoas, que designa esses três músculos (Figura 25).
Atenção
Outro fator de grande importância para a compreensão do assunto é entender que esses três músculos, lembrando que nem sempre são três, podendo ser apenas dois caso o psoas menor esteja ausente. Eles se inserem de forma comum no mesmo acidente ósseo, o trocânter menor, que fica localizado no fêmur.
Veja que, exceto o músculo ilíaco, os outros dois (ou apenas um) têm origem na região de coluna lombar. De posse deste conhecimento, fica fácil entender que, caso esse conjunto esteja encurtado, em especial psoas maior e menor (se presente), eles podem tracionar o fêmur (inserção no trocânter menor) em direção ao tronco. Da mesma forma, a coluna lombar em direção ao fêmur. Dificilmente veremos alguém andando com o quadril fletido. Dessa forma, tal qual vimos anteriormente ao falar sobre o quadrado lombar, os demais músculos posturais irão fazer a “manutenção” da postura.
Tendo em mente o que vimos no parágrafo anterior, teríamos um quadro de lombalgia por conta de encurtamento do conjunto iliopsoas. Para além disso, pensando em esportes, por exemplo, o encurtamento do iliopsoas pode alterar até mesmo o “tamanho” da passada, impactando na qualidade do movimento.
Comentário
Fechando esta parte, são necessárias algumas colocações observadas na prática. Os músculos abdominais podem apresentar duas condições potencialmente álgicas, ou seja, que podem gerar dor: enfraquecimento e encurtamento, não sendo raros os casos em que ambas as condições estejam associadas. Assim, se os músculos anteriores do abdome estão enfraquecidos, ocorre uma sobrecarga dos músculos dorsais, levando à lombalgia. Se, por outro lado, os músculos posteriores aos abdominais, como quadrado lombar e iliopsoas estão encurtados e ou enfraquecidos, também ocorre lombalgia. Mas atente para o fato de muitas vezes ambas as situações acontecem de forma concomitante.
Músculos pélvicos
Em continuidade aos nossos estudos, chegamos aos músculos pélvicos. Antes de tratarmos diretamente dos aspectos musculares, perceba que a pelve é o receptáculo e abrigo de importantes órgãos, diretamente ligados à micção, defecação e reprodução. Dessa forma, a região é altamente irrigada e inervada. De posse deste conhecimento básico, iniciemos nosso estudo sobre esses músculos.
Músculo piriforme
Apenas para fazermos um estudo bem estruturado, falaremos rapidamente sobre o músculo piriforme, que é um músculo vinculado aos membros inferiores. Este músculo tem origem na face anterior do sacro, inserção no trocânter maior do fêmur.
Ao se contrair, faz rotação externa, extensão e abdução da articulação coxofemoral e é inervado pelos nervos S1 e S2.
Músculo coccígeo
Aprofundando nosso estudo sobre os músculos pélvicos, seguimos pelo músculo coccígeo. Sua origem está no ápice da espinha do ísquio e no ligamento sacroespinhal. Este músculo se insere na margem do cóccix e na face lateral do sacro.
Atenção
Sua ação é de grande importância para esta etapa de nosso estudo. Ele traciona o cóccix ventralmente, gerando oposição à pressão intra-abdominal provocada contra o assoalho pélvico. Por fim, sua inervação é de responsabilidade do importante plexo pudendo (S4 – S5).
Para estudo dos músculos da pelve, precisamos ter em mente que, quando ocorre algum evento que aumente a pressão intra-abdominal, essa pressão tende a descer em direção aos locais de menor resistência. Estes eventos podem ser:
Tosses
Expiração forçada
Abdominais ou exercícios com manobra de Valsalva
Em situações como essas, a pressão intra-abdominal aumenta e a pressão desce em direção aos órgãos pélvicos. Sendo assim, se os músculos do assoalho pélvico estiverem enfraquecidos, importantes órgão pélvicos tendem a descer, o que pode impactar na fisiologia correta, levando a situações como a incontinência urinária, por exemplo.
Músculos ísquiococcígeos
É um conjunto de músculos comumente chamados de músculo levantador do ânus e ísquiococcígeos. Vejamos estes conjuntos. O conjunto levantador do ânus pode ser visto como a soma de outros músculos, tais como:
Músculo pubococcígeo
Com origem na sínfise púbica e inserção no arco tendinoso do períneo e cóccix.
Músculo puborretal
Com origem na sínfise púbica, inserção na banda tendinosa, na parte posterior do reto.
Músculo iliococcígeo
Com origem na fáscia do músculo obturador interno e inserção no osso Cóccix, fazendo parte da parede da próstata ou da vagina e do reto.
Vemos que sua origem se localiza entre o ramo superior do púbis e a espinha isquiática, sua inserção acontece no cóccix, no esfíncter do ânus e, por fim, no ponto tendíneo central do períneo.
Atenção
Sua ação é resistir ou suportar a pressão intra-abdominal, durante a expiração forçada, por exemplo, executando a ação de pequena elevação do assoalho pélvico. Sua inervação é realizada pelo plexo pudendo (S3 – S5).
O músculo isquiococcígeo (ou coccígeo) apresenta origem no ápice da espinha do ísquio, mas também no ligamento sacro-espinhal. Sua inserção se dá na margem do cóccix e na face lateral do sacro.
Atenção
Sua ação ocorre em conjunto com o músculo levantador do ânus, tracionando o cóccix em direção anterior, também se opondo à pressão intra-abdominal, sendo este, também, inervado pelo plexo pudendo (S4 – S5) (Figura 27).
De posse desse conhecimento sobre os músculos e sua função conjunta, podemos discutir mais um pouco sobre como essa anatomia tem influência direta sobre a fisiologia.
Anteriormente, falamos sobre a possibilidade de incontinência urinária, lembra? Além de incontinência urinária, a descida da região do períneo, ou diafragma pélvico, pode causar outros problemas, como incontinência fecal e dificuldades vinculadas à vida sexual.
Dica
Alguns exercícios são utilizados para evitar esta situação, eles são conhecidos como exercícios ou manobras de Kegel. Esses exercícios envolvem a contração voluntária da região que, em geral, são feitas em conjunto com movimentos pélvicos, como retroversão pélvica e a extensão do quadril, com vigorosa contração dessa região. Esses exercícios geram benefícios interessantes para os que os praticam, a médio e a longo prazo, experimentando mudanças no tônus muscular da área, melhor aporte sanguíneo e melhor resposta dos nervos que inervam a região. Cabe salientar que a ereção e a atividade lubrificante das glândulas vaginais são dependentes de sangue, de forma que a melhoria do aporte sanguíneo nesta região traz benefícios para os que praticam esses exercícios.
Agora, vejamos um resumo do que foi abordado neste módulo.
Músculo | Origem | Inserção | Ação |
---|---|---|---|
Músculo pubococcígeo | Sínfise púbica | Arco tendinoso do períneo e cóccix | Tensiona assoalho pélvico |
Músculo puborretal | Sínfise púbica | Banda tendinosa, na parte posterior do reto | Tensiona assoalho pélvico coadjuvante na função do esfíncter |
Músculo iliococcígeo | Fáscia do músculo obturador interno | Osso cóccix, fazendo parte da parede da próstata ou da vagina e do reto | Tensiona assoalho pélvico coadjuvante na função do esfíncter |
Músculo isquiococcígeo (ou coccígeo) | Ápice da espinha do ísquio e do ligamento sacroespinhal | Margem do cóccix e na face lateral do sacro. | Traciona o cóccix ventralmente, resiste à PIA |
Músculos do abdome e da pelve
No vídeo a seguir, apresentaremos os principais músculos da pelve.
Verificando o aprendizado
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Conclusão
Considerações Finais
Após este estudo sobre a região abdominal e pélvica, você pôde perceber que o equilíbrio e movimento corporal são dependentes da estabilização gerada pelos músculos. Sempre pense nestes músculos como movimento, mas não esqueça do suporte e estabilidade que eles fornecem ao conjunto ósseo/articular como um todo.
Neste tema, foi possível estudar e identificar os ossos da pelve, bem como sua relação com a coluna vertebral, entendendo que todas essas estruturas se mantêm unidas e estáveis graças às articulações da coluna lombar e da pelve. Além disso, neste estudo, se tornou possível estudar e descrever, origem, inserção, ação e inervação dos músculos do abdome e da pelve, bem como a sinergia existente entre todas as estruturas estudadas.
Podcast
Acidentes ósseos da pelve
CONQUISTAS
Você atingiu os seguintes objetivos:
Identificou os ossos da pelve e sua relação com a coluna vertebral
Reconheceu as articulações da coluna lombar e pelve
Descreveu origem, inserção, ação e inervação dos músculos do abdome e pelve