Descrição

A compreensão das incidências radiológicas do tórax e do abdômen combinadas a posicionamentos específicos e buscas de patologias dentre os exames de rotina e de caráter especial ou complementar e sua aplicação no campo prático.

PROPÓSITO

Compreender os termos e técnicas utilizadas nas incidências radiológicas do tórax e do abdômen na Anatomia humana e radiológica, visando a sua aplicabilidade para fins de conhecimento no estudo das incidências de todo corpo humano, e obter conhecimentos das principais incidências radiológicas das regiões abdominal e torácica.

Preparação

Antes de iniciar o estudo deste conteúdo, tenha em mãos um atlas de Anatomia para a boa compreensão dos termos específicos e melhor orientação de delineamento do programa.

OBJETIVOS

Módulo 1

Identificar as incidências radiológicas da caixa torácica

Módulo 2

Identificar as incidências radiológicas do tórax

Módulo 3

Identificar as incidências radiológicas do abdômen

Introdução

As incidências radiológicas do tórax e do abdômen utilizam como métodos de compreensão primários o entendimento das bases anatômicas convencionais e internacionais. A divisão do estudo amplo do tórax em caixa torácica (parte óssea), partes parenquimatosas e mediastino e o estudo do abdômen são essenciais para o aprendizado teórico e conciso das incidências radiológicas do tronco. As incidências do tórax e do abdômen dependem das correlações entre Anatomia sistêmica e suas bases, da Anatomia radiológica e dos estudos patológicos gerais e específicos, mais especificamente, as disciplinas ligadas à patologia.

O estudo das incidências radiológicas do tórax e do abdômen é correlacionado com a Anatomia radiológica e a aplicação das técnicas radiológicas que apresentam critérios específicos para cada região do corpo, utilizadas quase sempre para desvendar processos patológicos essenciais. A sua compreensão irá além do conhecimento teórico, pois você vislumbrará a prática dessas incidências radiológicas durante o estudo deste conteúdo por meio de recursos digitais e visuais.

MÓDULO 1


Identificar as incidências radiológicas da caixa torácica

Posicionamento para a incidência radiológica da caixa torácica e tamanho dos filmes

Para começar, vamos ver as principais siglas e termos utilizados nos posicionamentos apresentados neste módulo:

SIGLA/TERMO PALAVRA SIGNIFICADO
AP Anteroposterior Quando a incidência do raio central no paciente ocorre de frente para trás.
PA Posteroanterior Quando a incidência do raio central no paciente ocorre de trás para frente.
Hemitórax Metade do tórax, caracterizada geralmente pelo estudo dos arcos costais unilaterais.
DFF Distância foco-filme A distância entre o foco de raios X e o filme.
kV Quilovoltagem A diferença de potencial criada entre o ânodo e o cátodo que aumenta a frequência dos raios X (penetrabilidade).
mAs Miliamperagem por segundo A quantidade de radiação produzida (mA) multiplicada pelo tempo de exposição (s).
RC Raio central Orientado pela colimação. É a parte central onde se concentra o feixe de raios X.
OPD e OPE Oblíqua posterior direita e oblíqua posterior esquerda.
OAD e OAE Oblíqua anterior direita e oblíquaanterior esquerda.
Quadro: Siglas e termos para designar os posicionamentos radiológicos em relação à caixa torácica.
Elaborado por: Henrique Luz Coelho.

Agora, observe os tamanhos dos filmes/receptores de imagem:

13x18cm
18x24cm
24x30cm
30x40cm
35x35cm
35x43cm

Incidências radiológicas da caixa torácica

Osso esterno

Oblíqua anterior direita (OAD)

OAD de esterno.

Justificativa para a realização do exame

Incidência realizada para o estudo de fraturas no osso esterno.

Principais estruturas demonstradas

Vista oblíqua do manúbrio, do corpo do esterno e do processo xifoide.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 24x30cm no sentido longitudinal;
  • técnica de referência: 40mAs e 65kV, no Bucky, usar tempo de exposição longo (1 segundo);
  • RC: perpendicular ao receptor de imagem, direcionado para a porção média do esterno (altura de T4-T5).
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: semidecúbito ventral com o lado direito do corpo sobre a mesa, realizando uma rotação de 10° a 15° em relação à mesa ou à estativa, se acaso fizer o exame de pé.

Medicina Protocolo

O paciente deve interromper a respiração durante a execução do exame (disparo).

A posição oblíqua anterior direita vislumbra a demonstração do osso esterno entre a coluna vertebral torácica e o mediastino, mais especificamente, a área cardíaca.

Perfil direito ou esquerdo

Perfil de esterno.

Justificativa para a realização do exame

Incidência realizada para o estudo de fraturas no osso esterno.

Principais estruturas demonstradas

Vista em perfil do manúbrio, do corpo do esterno e da apófise xifoide.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 24x30cm no sentido longitudinal;
  • técnica de referência: 40mAs e 75kV, no Bucky, usar tempo de exposição longo (1 segundo);
  • RC: perpendicular ao receptor de imagem, direcionado 5cm abaixo e 3cm anterior à região axilar;
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: ortostática lateral, com os braços para trás e projetando o tórax à frente, alternativamente, o paciente pode erguer os braços, deve-se escolher o mais confortável para o paciente.

O paciente deve interromper a respiração durante a execução do exame (disparo) ou inspirar profundamente e realizar apneia para que a projeção do tórax fique mais evidente.

Articulações esternoclaviculares

Incidência PA

PA de articulações esternoclaviculares.

Justificativa para a realização do exame

Incidência realizada para o estudo de subluxações ou de outras condições patológicas das articulações esternoclaviculares.

Principais estruturas demonstradas

Aspecto lateral do manúbrio e da porção medial das clavículas, visualizadas lateralmente à coluna vertebral por meio de sobreposição das costelas e dos pulmões.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1,0m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 13x18cm ou 18x24cm ou 24x30cm no sentido longitudinal;
  • técnica de referência: 10mAs e 70kV, no Bucky;
  • RC: perpendicular centralizado no nível de T2-T3, ou 7cm distais à proeminência vertebral (processo espinhoso de C7);
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: paciente em pronação, com a cabeça virada para um dos lados sobre um travesseiro, os braços para cima ao lado da cabeça ou para baixo ao lado do corpo. A ortostática é uma posição alternativa para a realização do procedimento.

Medicina Protocolo

O paciente deve suspender a respiração com expiração total e evitar a rotação do corpo.

Essa incidência radiológica pode ser realizada em caráter comparativo ou de acordo com o critério médico e clínico, isoladamente, inclusive, visando à proteção radiológica do paciente.

Oblíquas Anteriores (OAD e OAE)

Oblíqua anterior direita de articulações esternoclaviculares.

Justificativa para a realização do exame

Incidência realizada para o estudo de subluxações, diástase da articulação ou de outras condições patológicas das articulações. A articulação esternoclavicular é mais bem visualizada pelo lado inferior, que também é demonstrado próximo à coluna na radiografia.

Principais estruturas demonstradas

O manúbrio e a porção medial das clavículas.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1,0m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 18x24cm ou 13x18cm no sentido longitudinal ou transversal;
  • técnica de referência: 10mAs e 65kV, no Bucky;
  • RC: perpendicular centralizado no nível de T2-T3, ou 7cm distais à proeminência vertebral (processo espinhoso de C7);
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: paciente em pronação, com leve rotação de 10° a 15° do tórax; alinhar e centralizar o processo espinhoso 3 a 5cm lateralmente ao RC e à linha média da grade ou mesa/Bucky vertical.

Medicina Protocolo

O paciente deve suspender a respiração com expiração total e evitar a rotação do corpo.

Essas incidências radiológicas podem ser realizadas em caráter comparativo (OAD e OAE) ou de acordo com o critério médico e clínico, isoladamente, inclusive, visando à proteção radiológica do paciente.

Costelas posteriores (acima ou abaixo do diafragma)

Incidência AP

AP de costelas posteriores acima (à esquerda) e abaixo do diafragma (à direita).

Justificativa para a realização do exame

Incidência realizada para o estudo de patologias costais, incluindo fraturas e processos neoplásicos.

Principais estruturas demonstradas

As costelas 1 a 10 devem ser visualizadas acima do diafragma e as costelas de 9 a 12 devem ser visualizadas abaixo do diafragma.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1,0m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 35x35cm ou 35x43cm no sentido longitudinal;
  • técnica de referência: 40mAs e 65kV, no Bucky;
  • RC:
  • acima do diafragma - perpendicular ao RI, centralizado de 8 a 10cm abaixo da incisura jugular ao nível da T7;

    abaixo do diafragma - perpendicular ao RI, centralizado no nível do processo xifoide;

  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: colocar o paciente em ortostática ou em decúbito dorsal, alinhar o PMS ao RC e à linha média do Bucky vertical ou da mesa. Erguer o queixo para evitar a sobreposição dele às costelas superiores e rodar os ombros anteriormente a fim de remover as escápulas da incidência dos campos pulmonares.

Medicina Protocolo

O paciente deve suspender a respiração:

  • na inspiração para as costelas acima do diafragma.
  • na expiração para as costelas abaixo do diafragma.

Costelas anteriores (acima do diafragma)

Incidência PA

PA de costelas anteriores.

Justificativa para a realização do exame

Incidência realizada para o estudo de patologias costais, incluindo fraturas e processos neoplásicos e lesões costais abaixo do diafragma.

Principais estruturas demonstradas

As costelas 1 a 10 devem ser visualizadas acima do diafragma.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1,0m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 35x35cm ou 35x43cm no sentido longitudinal;
  • técnica de referência: 40mAs e 65kV, no Bucky;
  • RC: perpendicular ao RI, centralizado de 8 a 10cm abaixo da incisura jugular ao nível da T7;
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: colocar o paciente em ortostática preferencialmente ou em decúbito ventral, alinhar o PMS ao RC à linha média do Bucky vertical ou da mesa. Erguer o queixo para evitar a sobreposição dele às costelas superiores e rodar os ombros anteriormente a fim de remover as escápulas da incidência dos campos pulmonares.

O paciente deve suspender a respiração na inspiração para as costelas acima do diafragma e garantir a ausência de rotação do tórax ou da pelve.

Estudo unilateral das costelas

Incidência em AP ou em PA

O estudo unilateral das costelas ou arcos costais vislumbra a análise do hemitórax, um dos lados da caixa torácica, para fins de proteção radiológica do paciente e do profissional responsável pelo exame.

O filme ou receptor da imagem deve ser menor do que o convencional e mais utilizado, 35 x 43cm.

Recomendação

Recomenda-se o uso do 30 x 40cm no sentido longitudinal para diminuir o custo e a área de estudo, priorizando assim a proteção radiológica.

As demais técnicas vistas aqui serão adequadas ao estudo unilateral abaixo e acima do diafragma, inclusive.

Atenção

As incidências AP e PA devem ser complementadas com as oblíquas anteriores e/ou posteriores, devendo-se respeitar a região de estudo. Quando se faz o AP, fazemos complementares de OPE e OPD. Em PA, fazemos complementares de OAE e OAD.

Oblíqua de posteriores e anteriores (acima ou abaixo do diafragma)

Oblíqua de costelas anteriores à esquerda.
Oblíqua de costelas posteriores à esquerda.

Justificativa para realização do exame

Incidência realizada para o estudo de patologias costais, incluindo fraturas e processos neoplásicos e lesões costais abaixo ou acima do diafragma. As posições oblíquas vão demonstrar a porção axilar das costelas que não é bem visualizada nas incidências radiológicas PA e AP.

Principais estruturas demonstradas

As costelas 1 a 10 devem ser visualizadas acima do diafragma e as costelas de 9 a 12 devem ser visualizadas abaixo do diafragma.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1,0m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 35x35cm ou 35x43cm no sentido longitudinal;
  • técnica de referência: 40mAs e 65kV, no Bucky;
  • RC: perpendicular ao RI, centralizado entre a margem lateral das costelas e a coluna vertebral torácica;
  • acima do diafragma – 8 a 10cm abaixo da incisura jugular (T7) - o topo do RI aproximadamente 4cm acima dos ombros;
  • abaixo do diafragma – entre o processo xifoide e o gradil costal inferior;
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: posicionar o paciente em oblíqua posterior ou anterior a 45°, com o lado afetado próximo ao RI em oblíqua posterior, e o lado afetado oposto ao RI em oblíqua anterior, devendo-se rodar a coluna de forma que se afaste do local da lesão. Erguer o braço do lado elevado acima da cabeça; estender o braço oposto para baixo e atrás do paciente, longe do tórax. Se em decúbito, flexionar o joelho do lado elevado para ajudar a manter essa posição.

Gradil costal inferior

Parte inferior do RI no nível da crista ilíaca.

Medicina Protocolo

Além de garantir a ausência de rotação do tórax ou da pelve, o paciente deve suspender a respiração:

  • na inspiração para as costelas acima do diafragma.
  • na expiração para as costelas abaixo do diafragma.
icone mão na massa

Mão na Massa

icone teoria na prática

Teoria na prática

1. O Sr. Leonardo, após uma aterrissagem malsucedida de parapente, foi ao hospital reclamando de dores no peito. Para complementar o diagnóstico, o médico do plantão solicitou uma rotina do esterno, com OAD e perfil. Qual o objetivo da oblíqua do esterno e por que deve ser realizada a incidência em perfil?

O médico responsável pelo atendimento do sr. Leonardo solicitou as seguintes radiografias: OAD e perfil de esterno.

Clique no botão para ver a resolução. Objeto com interação.

O profissional responsável pelos exames deve realizar as posições sabendo que a incidência radiológica do esterno em OAD é utilizada para analisar o osso esterno integralmente entre a coluna torácica e a área cardíaca, e a incidência radiológica do esterno em perfil serve de complemento para a rotina radiológica básica do esterno, visando ao estudo lateralizado do osso.

Verificando o aprendizado

ATENÇÃO!

Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que você responda corretamente a uma das seguintes questões:

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Técnica Radiográfica

O especialista Raphael de Oliveira Santos nos explica as diferenças entre as técnicas radiográficas da caixa torácica e do tórax. Vamos assistir

MÓDULO 2


Identificar as incidências radiológicas do tórax

Posicionamento para a incidência radiológica do tórax e o tamanho dos filmes

Veja as principais siglas e termos utilizados nos posicionamentos apresentados neste módulo:

SIGLA/TERMO PALAVRA SIGNIFICADO
AP Anteroposterior Quando a incidência do raio central no paciente ocorre de frente para trás.
PA Posteroanterior Quando a incidência do raio central no paciente ocorre de trás para a frente.
Hemitórax Metade do tórax, caracterizada geralmente pelo estudo dos arcos costais unilateral.
DFF Distância foco-filme A distância entre o foco de raios X e o filme.
kV Quilovoltagem A diferença de potencial criada entre o ânodo e o cátodo que aumenta a frequência dos raios X (penetrabilidade).
mAs Miliamperagem por segundo A quantidade de radiação produzida (mA) multiplicada pelo tempo de exposição (s).
RC Raio central Orientado pela colimação. É a parte central onde se concentra o feixe de raios X.
OPD e OPE Oblíqua posterior direita e oblíqua posterior esquerda.
OAD e OAE Oblíqua anterior direita e oblíqua anterior esquerda.
Quadro: Siglas e termos para designar os posicionamentos radiológicos em relação ao tórax.
Elaborado por: Henrique Luz Coelho.

Agora, vejamos os tamanhos dos filmes/receptores de imagem:

13x18cm
18x24cm
24x30cm
30x40cm
35x35cm
35x43cm

Incidências radiológicas de tórax

PA – Em ortostática

Da incidência radiológica do tórax em PA (à esquerda) e imagem da radiografia produzida com o uso da incidência radiológica do tórax em PA (à direita).

Justificativa para realização do exame

Incidência realizada para o estudo de patologias como pneumonia, hemotórax, enfisema, tuberculose, doenças cardiovasculares, derrames pleurais, atelectasia e sinais de infecção.

Principais estruturas demonstradas

Área pulmonar bilateral, área cardíaca, hilos pulmonares, seios cardiofrênicos, seios costofrênicos, traqueia, arcos costais e coluna vertebral torácica.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1,80m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 35x43cm no sentido longitudinal ou transversal, dependendo do biótipo da pessoa, ou 35x35cm. Esse último, com frequência, costuma ser usado para mulheres;
  • técnica de referência: 4mAs e 85kV, no Bucky;
  • RC: perpendicular ao receptor de imagem, direcionado para a linha média das axilas ou para o ângulo inferior das escápulas (altura de T7), sempre se levando em consideração a movimentação do tórax durante a respiração utilizada para essa incidência radiológica;
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: paciente em posição ortostática, pés ligeiramente afastados, massa corporal igualmente distribuída em ambos os pés, queixo elevado, apoiado na estativa, mãos sobre a região inferior dos quadris com os cotovelos parcialmente fletidos, ombros rodados anteriormente e apoiados na estativa (com a finalidade de deixar as escápulas lateralizadas deixando os pulmões livres).

Medicina Protocolo

A exposição deve ser realizada no final da segunda inspiração profunda para ampliar ao máximo a capacidade de ar dentro dos pulmões. Além disso, deve ser observada a ausência de artefatos de movimentos, principalmente, durante a apneia realizada após a segunda inspiração profunda.

Perfil

Imagem das radiografias produzidas pelas incidências radiológicas do tórax em PA e em perfil.

Justificativa para realização do exame

Incidência realizada para o estudo de patologias, como pneumonia, hemotórax, enfisema, tuberculose, doenças cardiovasculares, derrames pleurais, lesões atrás do coração, esterno e sinais de infecção. Propõe uma visão de 90° em relação ao PA, tornando-se um complemento ideal para compor o estudo radiológico do tórax.

Principais estruturas demonstradas

Área pulmonar bilateral, área cardíaca, hilos pulmonares, seios cardiofrênicos, seios costofrênicos, traqueia, arcos costais e coluna vertebral torácica.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1,80m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 35x43cm ou 30x40cm no sentido longitudinal. A seleção entre os dois depende do biótipo da pessoa;
  • técnica de referência: 8mAs e 96kV, no Bucky;
  • RC: perpendicular ao receptor de imagem, direcionado para a linha média das axilas ou para o ângulo inferior das escápulas (altura de T7), sempre se levando em consideração a movimentação do tórax durante a respiração utilizada para essa incidência radiológica. Posicionar em perfil verdadeiro, onde o plano coronal fica perpendicular ao RI;
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: paciente em posição ortostática, lado esquerdo, preferencialmente, contra o RI, a menos que a queixa do paciente envolva o lado direito do tórax ou a critério clínico referendado no pedido de exames. Posicionar o paciente em perfil verdadeiro, onde o plano coronal fica perpendicular ao RI, erguendo os braços sobre a cabeça ou à frente (fora da área pulmonar).

Medicina Protocolo

A incidência radiológica de tórax em perfil direito amplia excessivamente a imagem da área cardíaca e esse é o principal motivo pelo qual a incidência radiológica de tórax em perfil esquerdo é amplamente utilizada, convencionando-se a incidência ideal.

Deve ser observada a ausência de artefatos de movimentos, principalmente durante a apneia realizada após a inspiração profunda.

Essa incidência radiológica pode ser realizada com o paciente sentado próximo à estativa com ou sem a utilização de cadeira de rodas, priorizando também, via de regra, o lado esquerdo próximo ao RI.

AP em ortostática

Justificativa para realização do exame

Incidência realizada para o estudo de patologias como pneumonia, hemotórax, enfisema, tuberculose, doenças cardiovasculares e derrames pleurais. Posição pouco utilizada, pois a melhor incidência radiológica é o PA do tórax e realizada somente com a impossibilidade de posicionamento do paciente ao PA.

Principais estruturas demonstradas

Área pulmonar bilateral, área cardíaca, hilos pulmonares, esterno anteriormente, arcos costais e coluna vertebral torácica.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1,80m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 35x43cm no sentido longitudinal ou transversal, dependendo do biótipo da pessoa, ou 35x35cm. Esse último, com frequência, costuma ser utilizado para mulheres;
  • técnica de referência: 4mAs e 85kV, no Bucky;
  • RC: perpendicular ao receptor de imagem, direcionado para a linha média das axilas ou para o ângulo inferior das escápulas (altura de T7), sempre se levando em ângulo inferior das escápulas do tórax durante a respiração utilizada para essa incidência radiológica;
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: paciente em posição ortostática, pés ligeiramente afastados, massa corporal igualmente distribuída em ambos os pés, queixo elevado, apoiado na estativa, mãos sobre a região inferior dos quadris com os cotovelos parcialmente fletidos, ombros rodados anteriormente e apoiados na estativa (com a finalidade de deixar as escápulas lateralizadas deixando os pulmões livres).

Medicina Protocolo

A exposição deve ser realizada no final da segunda inspiração profunda para ampliar ao máximo a capacidade de ar dentro dos pulmões. Além disso, deve ser observada a ausência de artefatos de movimentos, principalmente durante a apneia realizada após a segunda inspiração profunda.

AP em decúbito dorsal

Início do posicionamento para a incidência radiológica do tórax em AP em decúbito dorsal.

Justificativa para realização do exame

Incidência realizada para o estudo de patologias como pneumonia, hemotórax, enfisema, tuberculose e doenças cardiovasculares.

Principais estruturas demonstradas

Área pulmonar bilateral, área cardíaca, hilos pulmonares, arcos costais e coluna vertebral torácica.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1,80m, se possível, distância limitada ao equipamento. Na posição reclinada do paciente, geralmente, é possível se chegar em 1,80m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 35x43cm no sentido longitudinal ou transversal, dependendo do biótipo da pessoa, ou 35x35cm. Esse último, com frequência, costuma ser utilizado para mulheres;
  • técnica de referência: 3,2mAs e 60kV, fora do Bucky;
  • RC: angulado em no sentido caudal para ficar perpendicular ao eixo do esterno a fim de evitar que as clavículas obscureçam os ápices. RC no nível da T7, 8 a 10cm abaixo da incisura jugular;
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: paciente em posição decúbito dorsal na maca; se possível, a cabeceira da maca ou da cama deve ser erguida em uma posição semiereta (paciente reclinado) e rodar os ombros do paciente à frente através da rotação medial dos braços.

Medicina Protocolo

A exposição deve ser realizada no final da segunda inspiração profunda para ampliar ao máximo a capacidade de ar dentro dos pulmões. Além disso, deve ser observada a ausência de artefatos de movimentos, principalmente durante a apneia realizada após a segunda inspiração profunda.

O coração parece maior devido a uma ampliação causada pela posição em decúbito dorsal.

Apicolordótica

Tórax em AP apicolordótico.

Justificativa para realização do exame

Incidência realizada para o estudo de tuberculose, inicialmente, nos ápices pulmonares, calcificações e massas abaixo das clavículas.

Principais estruturas demonstradas

Área pulmonar bilateral com os ápices livres.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1,80m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 35x43 cm no sentido transversal;
  • técnica de referência: 4mAs e 85kV, no Bucky;
  • RC: perpendicular ao receptor de imagem, direcionado ao meio do esterno, cerca de 9cm abaixo da incisura jugular;
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: paciente em posição ortostática, afastado cerca de 30cm do RI, com ombros inclinados para trás, pescoço e região posterior da cabeça apoiados na estativa.

Medicina Protocolo

A exposição deve ser realizada no final da segunda inspiração profunda para ampliar ao máximo a capacidade de ar dentro dos pulmões. Além disso, deve ser observada a ausência de artefatos de movimentos, principalmente durante a apneia realizada após a segunda inspiração profunda.

Como essa incidência radiológica propõe um posicionamento altamente difícil para o paciente, o tecnólogo deve agilizar a realização do exame, priorizando é claro a excelência do exame e a proteção radiológica.

Oblíquas anteriores – OAE e OAD

Tórax em oblíqua anterior direita.

Justificativa para realização do exame

Incidência realizada para o estudo de patologias como pneumonia, hemotórax, enfisema, doenças cardiovasculares (contornos do coração e dos grandes vasos), derrames pleurais, traqueia e sinais de infecção.

Principais estruturas demonstradas

Área pulmonar bilateral, área cardíaca, hilos pulmonares, seios cardiofrênicos, seios costofrênicos, traqueia, arcos costais e coluna vertebral torácica.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1,80m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 35x43cm no sentido longitudinal ou 35x35cm. Esse último, com frequência, costuma ser utilizado para mulheres;
  • técnica de referência: 6mAs e 95kV, no Bucky;
  • RC: perpendicular ao receptor de imagem, direcionado para a linha média das axilas ou para o ângulo inferior das escápulas (altura de T7), sempre se levando em consideração a movimentação do tórax durante a respiração utilizada para esta incidência radiológica;
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: paciente ereto olhando para frente com o queixo elevado, rodado 45° com ombro anterior esquerdo apoiado contra o RI na OAE, braço do paciente fletido próximo ao RI, mão sobre o quadril, braço oposto elevado para não haver superposição com o pulmão, com a mão apoiada na cabeça ou sobre a estativa.

Medicina Protocolo

A exposição deve ser realizada no final da segunda inspiração profunda para ampliar ao máximo a capacidade de ar dentro dos pulmões. Além disso, deve ser observada a ausência de artefatos de movimentos, principalmente durante a apneia realizada após a segunda inspiração profunda.

AP em decúbito lateral direito ou esquerdo – Laurell

Tórax em AP e em decúbito lateral esquerdo.

Justificativa para realização do exame

Incidência realizada para o estudo de pequenos derrames pleurais pela demonstração de níveis hidroaéreos no espaço pleural e pequenas quantidades de ar na cavidade pleural podendo indicar um possível pneumotórax..

Principais estruturas demonstradas

Área pulmonar bilateral, área cardíaca, hilos pulmonares, seios cardiofrênicos, seios costofrênicos e bordas laterais das costelas.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1,80m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: – 35x43cm no sentido longitudinal;
  • técnica de referência: 4mAs e 85kV, no Bucky ou 3,2mAs e 60kV fora do Bucky (não recomendado e utilizado apenas por imposição do exame);
  • RC: perpendicular ao receptor de imagem, direcionado para a linha média das axilas ou para o ângulo inferior das escápulas (altura de T7), sempre se levando em consideração a movimentação do tórax durante a respiração utilizada para essa incidência radiológica.
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: paciente deitado sobre o lado direito no decúbito lateral direito ou sobre o lado esquerdo no decúbito lateral esquerdo, queixo erguido e braços erguidos acima da cabeça para não haver superposição sobre o campo pulmonar, joelhos levemente fletidos e plano coronal paralelo ao RI sem rotação do corpo. Deve ser utilizado um coxim radiotransparente abaixo do paciente.

Medicina Protocolo

A exposição é realizada no final da segunda inspiração profunda para ampliar ao máximo a capacidade de ar dentro dos pulmões. Além disso, deve ser observada a ausência de artefatos de movimentos, principalmente durante a apneia realizada após a segunda inspiração profunda.

icone mão na massa

Mão na Massa

icone teoria na prática

Teoria na prática

1. Explique como se deve atuar em relação à respiração do paciente durante a incidência radiológica do tórax em PA:

Clique no botão para ver a resolução. Objeto com interação.

O profissional que vai realizar a incidência deve solicitar ao paciente que inspire profundamente e realize uma apneia, pois dessa maneira vai ser possível analisar os pulmões expandidos. Para obter uma inspiração ainda mais eficiente, pode ser aplicada a técnica de duas inspirações profundas, para haver mais captação de ar nos pulmões logo após a segunda.

Verificando o aprendizado

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Técnica radiográfica e contraste

O especialista Raphael de Oliveira Santos nos explica como se chega à técnica para tórax a partir dos arcos costais (kV, mAs, regra dos 15%), associado à importância do contraste (respiração). Vamos assistir!

MÓDULO 3


Identificar as incidências radiológicas do abdômen

Posicionamento para incidência radiológica do abdômen

A seguir, veja as siglas utilizadas para designar os posicionamentos apresentados neste módulo:

SIGLA/TERMO PALAVRA SIGNIFICADO
AP Anteroposterior Quando a incidência do raio central no paciente ocorre de frente para trás.
DFF Distância foco-filme A distância entre o foco de raios X e o filme.
kV Quilovoltagem A diferença de potencial criada entre o ânodo e o cátodo que aumenta a frequência dos raios X (penetrabilidade).
mAs Miliamperagem por segundo A quantidade de radiação produzida (mA) multiplicada pelo tempo de exposição (s).
RC Raio central Orientado pela colimação. É a parte central onde se concentra o feixe de raios X.
RI Receptor da imagem
Quadro: Siglas e termos para designar os posicionamentos radiológicos em relação ao abdômen.
Elaborado por: Henrique Luz Coelho.

Tamanhos dos filmes/receptores de imagem apresentados neste módulo:

35x35cm
30x40cm
35x43cm

Incidências radiológicas do abdômen

AP em decúbito dorsal (posição supino)

Incidência radiológica do abdômen em AP em decúbito dorsal.
Radiografia produzida pela incidência radiológica do abdômen em AP em decúbito dorsal.

Essa incidência radiológica é conhecida também como abdômen simples.

Justificativa para realização do exame

Incidência realizada para o estudo de patologias no abdômen, incluindo obstrução intestinal, neoplasias, calcificações, ascite e imagens de base (reconhecimento) para estudos abdominais com uso de meios de contraste.

Principais estruturas demonstradas

Contorno do fígado, baço e rins, estômago com ar interior, segmentos do intestino, arco da sínfise púbica e região da bexiga urinária.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 35x43cm no sentido longitudinal ou 35x35 cm, pouco utilizado por apresentar o formato quadrado;
  • técnica de referência: 40mAs e 65kV, no Bucky;
  • RC: perpendicular ao receptor de imagem, direcionado para a linha média das cristas ilíacas;
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: paciente em decúbito dorsal com o plano sagital médio centrado na linha mediana da mesa, os braços ao lado do corpo e as pernas estendidas com um apoio para os joelhos, se gerar mais conforto ao paciente.

Medicina Protocolo

A exposição deve ser realizada no final da expiração. O paciente expira para aumentar a área da cavidade abdominal, já que o diafragma sobe no ato da expiração, diminuindo a cavidade (caixa) torácica. Além disso, deve ser observada a ausência de artefatos de movimentos, principalmente durante a apneia realizada após a expiração.

AP em decúbito ventral (posição prona)

Incidência radiológica do abdômen em PA em decúbito ventral.

Justificativa para realização do exame

Incidência realizada para o estudo de patologias no abdômen, incluindo obstrução intestinal, neoplasias, calcificações, ascite e imagens de base (reconhecimento) para estudos abdominais com uso de meios de contraste.

Principais estruturas demonstradas

Contorno do fígado, baço e rins, estômago com ar interior, segmentos do intestino, arco da sínfise púbica e região da bexiga urinária.

Se o objeto de investigação for os rins, essa incidência radiológica é menos recomendada que uma AP devido ao aumento da distância entre o objeto e o filme.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 35x43cm no sentido longitudinal ou 35x35cm, pouco utilizado por apresentar o formato quadrado;
  • técnica de referência: 40mAs e 65kV, no Bucky;
  • RC: perpendicular ao receptor de imagem, direcionado para a linha média das cristas ilíacas;
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: paciente em decúbito ventral com o plano sagital médio centrado na linha mediana da mesa, os braços erguidos ao lado da cabeça e as pernas estendidas com um apoio para os tornozelos, se gerar mais conforto ao paciente.

Medicina Protocolo

A exposição é realizada no final da expiração. O paciente expira para aumentar a área da cavidade abdominal, já que o diafragma sobe no ato da expiração, diminuindo a cavidade (caixa) torácica. Além disso, deve ser observada a ausência de artefatos de movimentos, principalmente durante a apneia realizada após a expiração.

AP em decúbito lateral

Abdômen em AP e em decúbito lateral esquerdo.

Medicina Protocolo

O paciente deve estar deitado de lado por no mínimo cinco minutos antes da exposição (para permitir que o ar suba e que os fluidos anormais se acumulem).

Justificativa para realização do exame

Incidência realizada para o estudo de massas abdominais, níveis de ar e de líquido e possíveis acúmulos de ar livre dentro do peritônio.

Principais estruturas demonstradas

Contorno do fígado, baço e rins, estômago com ar interior, segmentos do intestino, deve-se incluir todo diafragma na imagem radiográfica.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 35x43cm no sentido longitudinal ou 35x35cm, pouco utilizado por apresentar o formato quadrado;
  • técnica de referência: 40mAs e 70 kV, no Bucky;
  • RC: perpendicular ao receptor de imagem, direcionado para a linha média das cristas ilíacas;
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: paciente em decúbito lateral com o corpo apoiado para evitar rotações indesejáveis, os joelhos flexionados para manter o corpo equilibrado, estabilizando o paciente, e os braços erguidos ao lado da cabeça.

Medicina Protocolo

A exposição deve ser realizada no final da expiração. O paciente expira para aumentar a área da cavidade abdominal, já que o diafragma sobe no ato da expiração, diminuindo a cavidade (caixa) torácica. Além disso, deve ser observada a ausência de artefatos de movimentos, principalmente durante a apneia realizada após a expiração.

AP em ortostática ou posição ereta

Abdômen em AP em ortostática.

Justificativa para realização do exame

Incidência realizada para o estudo de massas abdominais, níveis de ar e de líquido de ar livre dentro do peritônio sob o diafragma.

Principais estruturas demonstradas

Contorno do fígado, baço e rins, estômago com ar interior, alças do intestino. Deve-se incluir todo o diafragma na imagem radiográfica.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 35x43cm no sentido longitudinal ou 35x35 cm, pouco utilizado por apresentar o formato quadrado;
  • técnica de referência: 40mAs e 70kV, no Bucky;
  • RC: perpendicular ao receptor de imagem, direcionado para a linha média das cristas ilíacas;
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: paciente em ortostática com o plano sagital médio centrado na linha mediana da mesa, os braços ao lado do corpo, as pernas levemente afastadas e as costas apoiadas na estativa.

Medicina Protocolo

A exposição deve ser realizada no final da expiração. O paciente expira para aumentar a área da cavidade abdominal, já que o diafragma sobe no ato da expiração, diminuindo a cavidade (caixa) torácica. Além disso, deve ser observada a ausência de artefatos de movimentos, principalmente durante a apneia realizada após a expiração.

Perfil direito ou esquerdo em decúbito dorsal

Abdômen em perfil com o paciente em decúbito dorsal.

Justificativa para realização do exame

Incidência realizada para o estudo de massas abdominais, acúmulos de gases, aneurisma, níveis de ar-líquido, hérnia umbilical, calcificação de aorta e de outros vasos.

Principais estruturas demonstradas

Alças do intestino com ar, região umbilical e diafragma.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 35x43cm no sentido longitudinal ou 35x35 cm, pouco utilizado por apresentar o formato quadrado;
  • técnica de referência: 60mAs e 80kV, no Bucky;
  • RC: horizontal ao receptor de imagem, direcionado para a linha média das cristas ilíacas;
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: paciente em decúbito dorsal com os braços erguidos ao lado da cabeça e um apoio baixo sob a cabeça e sob os joelhos para o conforto do paciente.

Medicina Protocolo

A exposição deve ser realizada no final da expiração. O paciente expira para aumentar a área da cavidade abdominal, já que o diafragma sobe no ato da expiração, diminuindo a cavidade (caixa) torácica. Além disso, deve ser observada a ausência de artefatos de movimentos, principalmente durante a apneia realizada após a expiração.

Perfil em ortostática ou decúbito lateral

Justificativa para realização do exame

Incidência realizada para o estudo de massas abdominais em partes moles, aneurisma ou calcificações de aorta e identificação e/ou localização de corpos estranhos.

Principais estruturas demonstradas

Alças do intestino com ar, região umbilical e diafragma mostradas em perfil.

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1m;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 35x43cm no sentido longitudinal ou 35x35cm, pouco utilizado por apresentar o formato quadrado;
  • técnica de referência: 60mAs e 80kV, no Bucky;
  • RC: perpendicular à mesa ou à estativa, direcionado para a linha média das cristas ilíacas;
  • posição do paciente e da parte ou região do corpo: paciente em decúbito lateral (perfil recumbente) ou em ortostática lateral à estativa com os braços erguidos ao lado da cabeça e um apoio sob a cabeça e sob os joelhos lateralizados para o conforto do paciente, no caso de posição em decúbito lateral.

Medicina Protocolo

A exposição deve ser realizada no final da expiração. O paciente expira para aumentar a área da cavidade abdominal, já que o diafragma sobe no ato da expiração, diminuindo a cavidade (caixa) torácica. Além disso, deve ser observada a ausência de artefatos de movimentos, principalmente durante a apneia realizada após a expiração.

Abdômen agudo

Denominações correspondentes:
Série do abdômen agudo – Em três incidências radiológicas – Abdômen em AP em ortostática ou em decúbito lateral, Abdômen em decúbito dorsal e tórax em PA.

Abdômen

  • AP em ortostática ou posição ereta;
  • AP em decúbito lateral;
  • AP em decúbito dorsal (posição supino).

Tórax – PA em ortostática

Abdômen agudo é o termo utilizado para afecções que acometem a região abdominal, causando dor intensa localizada ou difusa e, possivelmente, conduzem a uma intervenção cirúrgica.

Rotina do departamento

Observar o protocolo do serviço de radiodiagnóstico para incluir a incidência radiológica do tórax em PA como parte da série (rotina) para abdômen agudo. A incidência radiológica do abdômen AP em decúbito dorsal (abdômen simples) é obrigatória para a rotina. As incidências radiológicas do abdômen AP em decúbito lateral e LA em decúbito dorsal serão realizadas de acordo com o protocolo do serviço e com a mobilidade do paciente.

Justificativa para realização do exame

Incidências realizadas para o estudo do abdômen agudo. Tais incidências radiológicas são para o estudo do abdômen, tendo que ser realizadas de uma forma rápida e, se possível, passar o paciente na frente de pacientes menos complexos, pois o diagnóstico do paciente em uma emergência/urgência médica pode levá-lo a uma cirurgia.

Principais estruturas demonstradas

Todo o abdômen, em posições diferentes, e o tórax em PA para analisar áreas infra e supradiafragmáticas e o estado global do paciente.

Medicina Protocolo

Fatores técnicos e posicionamento

  • DFF: 1,80m para o tórax em PA e 1m para as incidências radiológicas do abdômen;
  • tamanho do filme/receptor de imagem e sentido: 35x43cm no sentido longitudinal ou transversal para o estudo do tórax, dependendo do biótipo do paciente.
icone mão na massa

Mão na Massa

icone teoria na prática

Teoria na prática

1 - Um paciente foi à emergência de um hospital com dor intensa no abdômen e com histórico de visitas recorrentes por episódios de cálculo renal. O médico atendente deve pedir a rotina radiológica de abdômen agudo. Nesse caso, qual incidência do tórax deverá ser realizada para complementar as incidências radiológicas do abdômen que compõem o estudo descrito?

Clique no botão para ver a resolução. Objeto com interação.

PA de tórax. O responsável pelo exame deve agir com rapidez ao realizar as incidências da rotina de abdômen agudo, para ajudar no objetivo de encontrar rapidamente um diagnóstico do paciente.

2 - O médico assistente solicitou a incidência radiológica do abdômen em AP e em ortostática para analisar de forma panorâmica, mas o paciente não consegue ficar de pé durante a exposição. Qual é a melhor alternativa nesse caso?

Clique no botão para ver a resolução. Objeto com interação.

A alternativa para uma análise panorâmica do abdômen é a incidência radiológica em AP e em decúbito dorsal na posição supino, pois irá mostrar a mesma região, mas sem a influência da ação da gravidade.

3 - Para uma análise radiológica simples e sem o uso do meio de contraste, o médico solicitou uma incidência radiológica para analisar a presença de uma hérnia umbilical. Informe qual é a incidência dessa afirmativa e qual deve ser a posição do raio central.

Clique no botão para ver a resolução. Objeto com interação.

A incidência radiológica do abdômen em perfil com o paciente em decúbito dorsal é ideal para estudar a parede abdominal, incluindo a região umbilical, e o raio central deve ser horizontal e direcionado à crista ilíaca.

Verificando o aprendizado

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Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que você responda corretamente a uma das seguintes questões:

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Investigação de patologias

O especialista Raphael de Oliveira Santos fala sobre as principais indicações de exames do abdômen e diferenças nas técnicas: abdômen agudo, trauma, entre outros. Vamos assistir!

Conclusão

Considerações Finais

Você estudou as principais incidências radiológicas do tórax e do abdômen, regiões de extrema importância, pois concentram muitos órgãos vitais; sua compreensão como imagens médicas evidencia muitas patologias e análises do estado global do indivíduo.

As técnicas apresentadas são amplamente utilizadas no mundo quando o assunto é incidências radiológicas do tronco (tórax, abdômen e pelve), assim, na Radiologia médica, esses conhecimentos serão de grande valia para se adquirir noções gerais das práticas nas salas de exame radiológico convencionais. Evidentemente, não se esgotam todas as possibilidades e incidências radiológicas existentes, pois a critério médico essas podem variar bastante, mas este conteúdo auxiliará nas práticas dos exames radiológicos do tórax e do abdômen.

Podcast

Ouça o especialista Raphael de Oliveira Santos falando sobre a rotina radiológica de abdômen agudo, visões dos centros de diagnóstico por imagem.

CONQUISTAS

Você atingiu os seguintes objetivos:

Identificou as incidências radiológicas da caixa torácica

Identificou as incidências radiológicas do tórax

Identificou as incidências radiológicas do abdômen