O papel do gestor nos mercados globalizados. Análise das relações de negócios e perspectivas organizacionais na contemporaneidade. Apresentação de modelos de gestão sustentável.

Compreender as tendências que permeiam o ambiente organizacional na atualidade permite ao gestor ampliar sua visão de mercado e identificar novas oportunidades de negócios.

Objetivos

Módulo 1

Ambiente global

Reconhecer a dinâmica dos mercados globalizados.

Módulo 2

Negócios sustentáveis

Identificar modelos de negócios sustentáveis.

Para falar de Gestão Avançada das Organizações, precisamos entender antes sobre globalização.

Você já ouviu falar em globalização?

Esse é um fenômeno mundial que tem mudado a sociedade nos âmbitos social, econômico, político e cultural. Com a globalização, ocorre a redução das fronteiras existentes entre os países e há o estímulo à interação entre eles a partir de trocas culturais, compartilhamento de ideais e acordos econômicos.

Quando a globalização começou?

A seguir, você entenderá quando a globalização teve início e quem são os participantes desse mundo global. Vamos lá!

Contexto da globalização

Veja o diálogo a seguir que demonstra, de forma realista e criativa, eventos que configuram o contexto da globalização — alto grau de abertura de mercados e relacionamentos interfronteiras.

Confira quando a globalização teve início e quem são os participantes desse mundo global.

Viu como em apenas um acontecimento identificamos a presença de diferentes países? Isso é globalização!

Esse é um fenômeno que está em constante evolução e, como resultado, tem favorecido a presença de empresas cada vez maiores e capazes de atuar em vários continentes. Surgem, então, verdadeiros impérios econômicos que se expandem sem limites, fazendo com que a internacionalização passe a ser vista como uma oportunidade. Consultorias têm sido contratadas para avaliar o panorama dos mercados nacional e internacional, e acompanhar a movimentação deles e dos governos em todo o mundo.

Exemplo

A Deloitte é um exemplo desse tipo de consultoria. Ela é uma empresa de serviços sediada em Nova York que possui 700 escritórios em mais de 150 países e cerca de 312.000 profissionais.

A Deloitte se propõe a oferecer uma visão abrangente sobre o pensamento e as intenções do empresariado nacional, bem como sinalizar as prioridades para o governo quanto à definição de políticas públicas que impactam a atividade econômica e empresarial, e indicar movimentos e tendências que podem ser consolidadas a médio e longo prazo, impactando o rumo das organizações e a dinâmica do ambiente de negócios.

Os resultados gerados por pesquisas desse porte, além de possuir uma amostra relevante, tendem a orientar as ações estratégicas das empresas a nível local, nacional e internacional.

Quando se acompanham as sinalizações dos governos, os posicionamentos dos blocos econômicos e das empresas globais e as tendências mercadológicas, é possível pensar em possibilidades de expansão das relações de negócios, priorizando ações que gerem vantagem competitiva, sem esquecer da responsabilidade econômica, ambiental e social que cada empresa possui.

Bauman (1999) aponta que a globalização não diz respeito ao que as pessoas ou os gestores desejam ou esperam, e sim ao que está acontecendo a todos nós, independente do nosso livre arbítrio. Não há como fugir desse fenômeno. Dessa forma, novos desafios se apresentam à gestão das organizações:

Bauman

Zygmunt Bauman (19250-2017) foi um sociólogo polonês. Iniciou os seus estudos na Universidade de Varsóvia, vindo a atuar, posteriormente, na Universidade de Leeds como professor titular. Escreveu diversas obras sobre a sociedade contemporânea.

Fonte: Frazão, D. (2019)

Com essas ações, é possível que o gestor aproveite as oportunidades proporcionadas pela globalização e possa se preparar da melhor forma possível para os efeitos negativos desse fenômeno.

Expansão das relações de negócios

Para compreender essa movimentação de mercado proporcionada pela globalização, convidamos você a conhecer algumas empresas brasileiras que se internacionalizaram junto com a globalização:

Gerdau

Essa siderúrgica, originada em Porto Alegre, detém a posição de maior empresa da Região Sul e atua em 12 países nas Américas, Europa e Ásia.

Grupo JBS

Fundada em Goiás, a empresa abrange marcas como Leco, Vigor e Friboi. É considerada uma das maiores indústrias alimentícias do mundo, operando nos EUA, Austrália, Canadá, México, Porto Rico, entre outros países.

Tigre

De Santa Catarina, é uma das empresas brasileiras mais poderosas, presente em mais de trinta países, liderando a fabricação e distribuição de tubos e conexões.

Natura

Empresa paulista que expandiu sua atuação para a Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, Venezuela, França e EUA, tendo sido premiada por sua visão empreendedora pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Da mesma forma que empresas nacionais expandiram seus negócios para fora do país, outras empresas estrangeiras também fizeram o mesmo movimento e mantêm unidades em nosso território. Veja alguns exemplos:

Ford

Uma das primeiras empresas a chegar ao Brasil junto com outras montadoras de veículos, como Volkswagen e GM. A subsidiária brasileira iniciou as operações em 1919 e lançou o primeiro automóvel, o Ford Galaxie 500, em abril de 1967.

Johnson & Johnson

No quesito monopólio, é uma das empresas que mais se sobressai, visto que controla a maior parte do mercado mundial de higiene, atuando em mais de noventa países. No Brasil, está presente nos segmentos farmacêutico e médico-hospitalar, além de atender o consumidor final.

Microsoft

Fundada em 1989, a filial brasileira possui onze escritórios e gera oportunidades para milhares de outras empresas e profissionais, além de se destacar pela responsabilidade social que assume em projetos voltados para a comunidade.

Visa

Presente no Brasil desde 1971, deu início a suas atividades junto ao Bradesco. A partir de 1986, passou a funcionar por conta própria, oferecendo soluções para pagamentos. Atualmente, o foco da empresa são as moedas digitais.

Nestlé

De origem suíça, é uma das maiores empresas com atuação no setor de alimentos e bebidas do Brasil, desde 1976.

As empresas transnacionais são o último estágio de um longo processo de internacionalização da economia, que teve seu início no fenômeno da globalização ao final do século XX. Elas surgiram devido às seguintes demandas:

  • Usar mão de obra barata.
  • Controlar mercados e facilitar exportações.
  • Controlar fornecedores de matérias-primas.
  • Eliminar barreiras alfandegárias.
  • Ampliar a capacidade de inovação.

Características das empresas transnacionais

O que as empresas transnacionais possuem em comum?

Elas possuem uma estrutura mais dispersa, pulverizando o capital acionário. As suas filiais têm mais autonomia e seus produtos podem ser adaptados para atender às peculiaridades dos países onde estão instaladas. A Shell é um exemplo de empresa transnacional.

Como você pode perceber, a globalização impulsionou a internacionalização das empresas, proporcionando inúmeras vantagens às organizações. Vejamos quais são:

Livre comércio de mercados
Avanços tecnológicos
Melhores opções de alocação de recursos
Compartilhamento de tecnologias
Barateamento de produção
Maior mobilização de pessoas em torno de questões importantes e difusão de culturas.

A aproximação das fronteiras associada à facilidade de comunicação proporcionada pela internet, possibilita a compra de produtos a partir de qualquer lugar do mundo. Atualmente, somos 120 milhões de brasileiros conectados à internet. Jovens, brasileiros e norte-americanos podem usar a mesma marca de tênis. Pessoas em qualquer lugar do mundo podem ouvir a mesma música. Um programa de televisão pode ser realizado em vários países. É só pensar nos programas de culinária ou nos shows de talentos que você assiste na TV ou no smartphone.

Exemplo

O Spotify, famoso aplicativo sueco de streaming de música e um dos maiores serviços de áudio online, que conta com uma comunidade de mais de 400 milhões de usuários no mundo, de acordo com relatório da empresa no fim de 2021.

A circulação de produtos, caracterizada pela rapidez, possibilita que uma pessoa compre produtos da China ou de outros países com facilidade e pague como quiser. Além disso, é possível ter acesso a marcas que antes eram disponibilizadas apenas em pontos específicos. Esses recursos abriram novas fronteiras de negócios para as organizações.

A globalização, no entanto, não traz apenas benefícios; é importante destacar os pontos negativos decorrentes do mundo globalizado em que vivemos:

Menor controle de fluxos financeiros
Maior possibilidade de crises
Interdependência financeira entre os países
Alta volatilidade de capitais e hegemonia cultural

De acordo com Saroldi (2011), essa hegemonia cultural ocorre porque, uma vez que toda troca de mercadorias tem como pano de fundo determinada cultura, nunca se trata apenas de transferência de produtos e sim de ritos e hábitos culturais. As fronteiras organizacionais ultrapassam os fatores comerciais atrelados a um produto ou serviço. O consumidor adquire também um conjunto de valores, crenças, tradições e hábitos de determinada cultura.

Qual é o resultado disso tudo?

Todos comem as mesmas comidas, vestem-se do mesmo jeito, usam as mesmas frases e assistem ao mesmo seriado! A Netflix é um exemplo da relação entre globalização e cultura.

Por falar em globalização da cultura, você reconhece a frase a seguir?

“Lidere seu exército e esmague o inimigo! O Trono de Ferro é seu por direito! O inverno está chegando.”

Se sim, provavelmente foi um dos milhões de fãs que assistiram à famosa série Game of Thrones! O que, para alguns, é sinal de liberdade para escolher; para outros, significa homogeneização cultural. Para perceber isto, basta olhar para os lados e você verá que esse fenômeno faz parte dos mercados globalizados.

Perspectivas organizacionais na contemporaneidade

Uma pesquisa realizada pela ADP (2016) contou com a participação de 2 mil funcionários de empresas. Essas organizações possuíam 250 ou mais empregados no Brasil, Estados Unidos, Canadá, México, Chile, Reino Unido, França, Alemanha, Holanda, Austrália, China, Índia e Cingapura. Com esse estudo, foi possível indicar as cinco principais tendências que afetarão o ambiente de trabalho global nos próximos anos. São elas:

ADP

É uma empresa global que oferece soluções de tecnologia para a Gestão do Capital Humano e da Folha de Pagamento. Atende mais de 740 mil clientes em mais de 140 países.

Fonte: Site da ADP

Liberdade

Poder de escolha sobre como, onde e em que horário trabalhar. É a hora e a vez do trabalho remoto.

Conhecimento

Adoção da tecnologia como o principal instrumento de aprendizado e registro de novos conhecimentos no meio corporativo.

Estabilidade

Menos emprego e mais empregabilidade, com profissionais atuando sob demanda, e não por contratos de longo prazo.

Trabalho remoto

É uma tendência cada vez mais incorporada por empresas e profissionais do meio corporativo. Em linhas gerais, o trabalho remoto significa trabalho a distância e pode ser realizado em qualquer lugar. Você decide onde quer trabalhar.

Para conhecer um pouco mais sobre essa modalidade de trabalho, leia o artigo Times remotos: o que aprendi liderando 25 pessoas no Olist, de Osvaldo Santana, publicado no dia 6 de abril de 2018, no site Endeavor.

Profissionais atuando sob demanda

A flexibilização das leis trabalhistas tem sido uma tendência com o surgimento de novas profissões e o desaparecimento ou automação de outras. A Accenture — multinacional que presta consultoria na área de gestão, tecnologia da informação e outsourcing — realizou um estudo no qual defende a transformação digital responsável por meio do investimento na educação dos trabalhadores, já que é impossível prever quais serão as profissões do futuro. A pesquisa também avalia as probabilidades de automação de tarefas rotineiras em países da América Latina. Além disso, demonstra que as habilidades sociais e cognitivas são cada vez mais requeridas e devem ser desenvolvidas por quem deseja manter sua empregabilidade em alta.

Autogestão

O protagonismo do profissional no trabalho e o desafio de gerenciar sua própria carreira.

Significado e propósito

O salário não será o fator decisivo para reter o profissional se a atividade não estiver conectada às aspirações pessoais e ao propósito da pessoa.

Você deve ter percebido que essa pesquisa apresenta novos formatos, tanto para as organizações quanto para os profissionais nos ambientes globais e confirma a possibilidade de se fazer negócios de elevada escalabilidade. O fato é que o ambiente global e a Indústria 4.0 mudaram a forma como consumimos produtos e serviços.

Indústrias inteiras estão sendo afetadas. É difícil encontrar alguém que nunca tenha usado serviços de economia compartilhada, responsáveis por movimentar a economia, conectar pessoas e facilitar a vida de todos nós. Veja, a seguir, alguns dos serviços mais utilizados.

Indústria 4.0

Também chamada de Quarta Revolução Industrial, é a aplicação da tecnologia no mundo de negócios, geralmente associada à inteligência artificial, robótica, computação em nuvem ou internet das coisas.

Uber

Empresa que oferece serviço de transporte privado.

Airbnb

Empresa que oferece serviço on-line de hospedagem.

IFood

Empresa que oferece serviço de entrega de comida.

Perceba que a quebra das barreiras e limites organizacionais abriu espaço para outras possibilidades de se fazer negócios. Bauman (1999) afirma que, se a globalização tanto divide como une, para essas empresas, escolher a colaboração fez muito mais sentido; afinal, nenhuma organização sobrevive de forma isolada.

O movimento de cooperar para competir no ambiente empresarial tem relação direta com a busca de estratégias mais eficientes, e as empresas já descobriram que essa jornada colaborativa pode ser um caminho para a manutenção da vantagem competitiva sustentada.

(PORTER, 2009, n.p.)

A seguir, você encontrará uma situação e, diante dela, deverá tomar uma decisão. Vamos lá!

Considerando o seu perfil e as características dos trabalhos remoto e alocado, qual emprego você escolheria?

Trabalho remoto

O trabalho remoto proporciona inúmeros benefícios, entre eles, o de trabalhar de sua casa ou em um coworking (espaço alugado para que pessoas de diferentes empresas possam exercer as suas funções). Algumas empresas que já aderiram ao trabalho remoto, inclusive, disponibilizam aos funcionários os recursos financeiros necessários para que ele monte o seu escritório em casa, ou alugue um espaço para desenvolver as suas atividades.

Para alguns profissionais, esta modalidade de trabalho também oferece mais comodidade, flexibilidade e qualidade de vida. Essa tendência já chegou e veio para ficar. O Brasil é considerado um dos países em que o número de trabalhadores, nessa modalidade, mais cresce. É a hora e a vez do trabalho remoto.

Trabalho alocado

No trabalho alocado, você tem o benefício de trabalhar com uma equipe reunida, e a facilidade de tomar as decisões necessárias, para a realização das atividades, de forma rápida – uma vez que todos estão reunidos em um mesmo local. Nessa modalidade, as pessoas tendem a desenvolver um espírito de equipe, criando um ambiente colaborativo.

Confira agora as tendências do mercado de trabalho.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

Sustentabilidade corporativa

Já percebeu como, em determinados contextos profissionais, as suas decisões podem afetar a vida de toda uma comunidade, seja de forma positiva ou negativa? Então observe a situação a seguir.

Aconteceu um grande festival de música na sua cidade. Para aqueles que aproveitaram o festival, ficam boas lembranças. Mas, para toda a comunidade, ao desmontar a estrutura física dos palcos, banheiros e outras áreas, e seguir viagem para fazer o festival em outras cidades, ficam os resíduos e os transtornos causados pela situação. Se essa companhia seguisse fazendo festivais de tal forma, em diferentes cidades ao longo dos anos, quais seriam as consequências? Até quando a companhia conseguiria lucrar, sem ter que assumir as consequências negativas de sua atividade? É uma situação sustentável, na sua opinião?

Claro que, hoje, até por questões legais, dificilmente, um festival aconteceria dessa forma, pois a empresa seria obrigada a recolher e dar destino aos resíduos produzidos. Porém, antes do conceito de sustentabilidade corporativa surgir e do homem perceber a necessidade urgente de pensar no futuro, festivais como esses e outras situações de falta de responsabilidade socioambiental estavam presentes nas comunidades em que vivemos.

Imagine que você é o gestor da companhia que organizou o festival e, após o término do evento, percebe que, no local, restou uma grande quantidade de lixo acumulado. O que você faz diante disso?

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Desmonta toda a estrutura e segue viagem.

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Reúne uma equipe e faz a limpeza do local.

Como você pode perceber, a situação que vimos é um caso de sustentabilidade corporativa. Sob essa perspectiva, a empresa passa a assumir uma postura mais comprometida com o meio ambiente e com a sociedade. A seguir, vamos conhecer as dimensões da sustentabilidade que nos ajudam a determinar se uma empresa é, de fato, sustentável.

Dimensões da sustentabilidade

Se consultarmos o dicionário, vamos encontrar a seguinte definição para sustentabilidade:

“Qualidade ou propriedade do que é sustentável, do que é necessário à conservação da vida; conceito que, relacionando aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais, busca suprir as necessidades do presente sem afetar as gerações futuras.”

Em 1987, a Comissão Mundial de Meio Ambiente definiu o desenvolvimento sustentável como a capacidade de satisfazer às necessidades presentes sem comprometer as gerações futuras quanto ao atendimento de suas próprias necessidades (GOLLO, 2009).

Seguindo essa mesma linha, em 1994, John Elkington lançou o termo Triple Bottom Line - Tripé da Sustentabilidade, em seu artigo The Triple Bottom Line: What is It and How does it Work?. A proposta do autor é definir o conceito de sustentabilidade sob as perspectivas econômica, social e ambiental. Dessa forma, uma empresa sustentável deve desenvolver um negócio que seja:

John Elkington

Consultor e autor britânico, mundialmente conhecido por seu trabalho em grandes empresas. Foi um dos precursores da responsabilidade socioambiental corporativa.

O artigo The Triple Bottom Line: What is It and How does it Work? foi publicado no site IBR Indiana Business Review.

Conforme diz Luciano Munck (2013), uma empresa efetivamente sustentável precisa ser conduzida considerando não só o fator econômico, mas também seus impactos ambientais e o relacionamento com seus colaboradores e demais partes interessadas.

A sustentabilidade é mais do que o simples cuidado com os recursos naturais!

Para que uma organização seja sustentável, é necessário que ela tenha ideias renováveis e gerencie suas atividades para lucrar de forma responsável, com foco na perpetuação da companhia. Agora reflita:

Será que existem empresas no Brasil que conseguem atender às três perspectivas e atuar de forma sustentável?

Ao refletir sobre sustentabilidade corporativa, você consegue lembrar de alguma marca nacional?

Se você pensou na Natura, está bem conectado com o tema!

A Natura foi a empresa brasileira que teve a melhor posição (14ª) no ranking do The Global 100 em 2018, que elencou 100 empresas com as melhores práticas de sustentabilidade corporativa no mundo.

De acordo com Barbosa (2018), para chegar a essa lista, a publicação seleciona empresas de todos os setores com base em indicadores como energia, emissões de carbono, consumo de água, resíduos sólidos, capacidade de inovação, pagamentos de impostos, a relação entre o salário médio do trabalhador e o do CEO, planos de previdência corporativos e o percentual de mulheres na gestão. Vejamos quais foram as outras empresas brasileiras presentes no ranking do The Global 100 em 2018:

The Global 100

É uma lista da Corporate Knights, publicação canadense especializada em responsabilidade social e desenvolvimento sustentável. Anualmente, são listadas as 100 empresas com as melhores práticas de sustentabilidade corporativa no mundo e o resultado é publicado no Fórum Econômico Mundial.

A reportagem com a lista completa das 100 empresas mais sustentáveis foi publicada no dia 29 de janeiro de 2018 por Vanessa Barbosa no site da Revista Exame com o título As 100 empresas mais sustentáveis do mundo em 2018.

18º lugar Companhia Elétrica de Minas Gerais (CEMIG)
49º lugar Banco do Brasil
52º lugar Engie Brasil Energia
78º lugar Banco Santander Brasil

Olhe só que curioso: as empresas brasileiras listadas entre as 100 melhores em práticas de sustentabilidade corporativa pertencem a diferentes áreas de atuação. Isso nos mostra que não é a natureza do negócio da empresa que vai viabilizar que ela tenha práticas sustentáveis, e sim a maneira como ela executa suas atividades e se relaciona com o meio ambiente e com as pessoas do entorno.

Para se tornar sustentável, a empresa precisa repensar não apenas o que faz, mas também como faz.

O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) cuja missão é mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerirem seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável.

Como você pode perceber, as empresas são vistas como poderosos agentes públicos que têm a responsabilidade de respeitar os direitos dos cidadãos individuais. Segundo Philippi Jr. (2017), essa é uma tendência global que busca reformular os negócios a partir da adesão e aplicação dos princípios de sustentabilidade. É um processo que exige o comprometimento das empresas com questões socioambientais.

Diagnóstico socioambiental

O diagnóstico resulta do estudo e da análise de indicadores e variáveis que caracterizam uma situação. Realizar o diagnóstico socioambiental permite identificar as necessidades e os problemas prioritários juntamente com suas respectivas causalidades, além de apontar os recursos e as potenciais oportunidades de desenvolvimento para melhorar as práticas sustentáveis de uma organização.

O diagnóstico está diretamente relacionado à estratégia socioambiental adotada pela empresa. Ao avaliar as demandas sociais e os impactos ambientais, a empresa pode identificar oportunidades e ameaças ambientais e forças e fraquezas internas para definir as ações urgentes, as medidas corretivas, inovações de médio e longo prazo na área de atuação e inovações em novos negócios.

(BARBIERI, 2016, n.p.)

Veja a seguir um exemplo de diagnóstico socioambiental:

Diagnóstico Socioambiental

A matriz SWOT, conhecida no Brasil como Matriz FOFA, mede as forças (S de strengths), fraquezas (W de weaknesses) do negócio – fatores internos –, oportunidades (O de opportunities) e ameaças (T de threats) do macroambiente – fatores externos. Muito utilizada pelas empresas durante o planejamento estratégico e para novos projetos, ela consiste em uma análise detalhada da situação do negócio no cenário econômico, o que ajuda o empreendedor na tomada de decisão.

A seguir, veja detalhes sobre cada um dos 4 pontos de análise da matriz SWOT:

Entrar em novo mercado.

Estar entre os primeiros a oferecer uma versão ambientalmente correta de um produto tradicional.

Reduzir custos e economizar recursos.

Garantir a sobrevivência da empresa a longo prazo por meio de uma boa imagem em termos ambientais.

Aumentar a performance dos colaboradores com a definição de novos objetivos de projeção ambiental.

Regulamentação ambiental exigindo investimentos adicionais ou tornando os produtos não rentáveis.

Ampliação da intervenção estatal contrária à empresa.

Maior participação de concorrentes no mercado com produtos verdes.

Diminuição da identificação dos funcionários com a empresa, resultando em dificuldade para reter e recrutar pessoal.

Produtos ambientalmente amigáveis.

Processos eficientes, poupadores de energia e materiais.

Sem geração de resíduos tóxicos.

Boa imagem cultivada pela empresa, considerada verde e limpa.

Administração e funcionários comprometidos com a preservação ambiental.

Capacitação em desenvolvimento de novos produtos.

Clima propício para realização de inovações.

Produtos que não são reciclados facilmente.

Embalagens feitas com materiais não recicláveis.

Presença de processos poluidores.

Geração de resíduos perigosos.

Empresa considerada poluidora pela população local.

Administração e funcionários não são comprometidos com a preservação ambiental.

Pouca ou nenhuma capacitação em desenvolvimento de novos produtos.

Certificações

As certificações podem ser consideradas atestados formais ou selos externos de qualidade emitidos por autoridades independentes, após uma avaliação de evidências. As pessoas podem receber certificados por cursos de pós-graduação ou títulos de doutorado, emitidos por universidade reconhecida e avaliada pela CAPES. Organizações ou processos de organizações também podem receber certificados.

Exemplo

Uma biblioteca de uma faculdade pode receber o selo de qualidade em gestão ISO 9001:2015, o que não quer dizer que seus livros são bons e de alta qualidade, mas sim que a biblioteca é bem gerenciada e isso foi comprovado após acreditação ou auditoria por instituição reconhecida.

As certificações podem ser individual ou organizacional. Vejamos alguns exemplos desses tipos de certificações:

Individual

  • Certificação Profissional de Gestão de Projetos (PMP);
  • Certificado C2 Proficiency, de proficiência em inglês.

Organizacional

  • Certificação ISO 14000, de gestão ambiental;
  • Certificação OHSAS 18001 para promoção de ambiente seguro e saudável (saúde ocupacional);
  • SA8000, que certifica o sistema de gestão da responsabilidade social de uma empresa;
  • Certificação florestal FSC (Forest Stewardship Council).

Conceito

O consumo consciente também faz parte de uma atitude sustentável. Sobre isso, vamos analisar a situação a seguir.

De forma inesperada, seu celular novinho apresenta problemas. Você leva na assistência técnica para trocar as peças necessárias, porém, ao receber o orçamento do serviço, percebe que o valor cobriria o preço de um celular novo.

Diante dessa situação, o que você faria?

Faço outros orçamentos e envio para o conserto

Ao optar para o conserto do celular, você evita o acúmulo de equipamentos que, em muitos casos, não passam por descarte adequado. Desta forma, você contribuirá para a preservação do meio ambiente.

Compro um novo celular e guardo o antigo na gaveta

Depois de um tempo, ao arrumar a sua gaveta, perceberá que lá já existe outro telefone antigo – seja por estar, de fato, quebrado, ou por ter se tornado obsoleto.

Infelizmente, muitas empresas, principalmente as de bens de consumo, adotam a chamada obsolescência programada, ou seja, desenham e fabricam seus produtos para curtos ciclos de produção-consumo-descarte, visando garantir novas vendas para manterem-se competitivas no mercado. Uma das principais consequências disso é o descarte.

Será que as empresas estão preparadas ou se organizam para minimizar os impactos dos resíduos provenientes da produção crescente?

Muitas empresas já estão adotando práticas conscientes e muitas outras estão surgindo no contexto do chamado ecoempreendedorismo, que, segundo Marta Torezam, líder da área de acesso a mercados do Sebrae – MT, vai além da preservação da fauna ou da flora. Nesse novo modelo de pensar e agir, a competição e a cooperação caminham juntas, à medida que rompem com o conceito de que é preciso um perder para o outro ganhar.

O ecoempreendedorismo surge como uma tendência de as organizações atenderem às demandas de sustentabilidade, ou seja, de estarem atentas e organizadas não só para maximizar os resultados econômicos, mas também para agregar valor socialmente e neutralizar o possível impacto ambiental negativo de suas práticas. Nesse contexto, surgiram oportunidades de criação de negócios prioritariamente focados em atender demandas, solucionar problemas ou, pelo menos, minimizar impactos socioambientais.

Exemplo

Os restaurantes naturais, que crescem em várias cidades do Brasil, são um exemplo de ecoempreendedorismo. A preocupação com o aumento da obesidade e com a qualidade da alimentação oferecida em muitos restaurantes possibilitou o investimento de empreendedores em buffets com uma alimentação mais natural.

São muitas as oportunidades para o ecoempreendedorismo. Quando a criatividade do brasileiro se encontra com as demandas da sociedade, podem surgir negócios rentáveis e sustentáveis. É aqui que chegamos a um novo conceito: ecoinovação.

Schumpeter ensinou que inovar não é só criar um novo produto ou aperfeiçoá-lo, mas também criar um novo método de produção, abrir um novo mercado, conquistar uma nova fonte de mão de obra ou de matérias-primas, criar uma nova forma de organização dos negócios.

(AMATO NETO, 2015, n.p.)

Exemplos de ecoinovação

Ao citar Schumpeter, unindo o conceito de inovação ao universo da sustentabilidade, Amato Neto (2015) apresenta uma série de exemplos:

Novos bens

Os produtos ecológicos, eletroeletrônicos que consomem menos energia, carros movidos a combustíveis menos poluentes e agricultura orgânica.

Novos métodos de produção

O emprego do manejo sustentável dos recursos e geração de menos resíduos a cada etapa da transformação.

Novos mercados

Os chamados mercados verdes, abertos pelas novas fases do processo produtivo, como a remanufatura e a reciclagem.

Novas fontes de matérias-primas e mão de obra

O entendimento dos resíduos como matérias-primas para uma nova produção e buscar como mão de obra parceiros que desenvolvem atividades extrativistas e de manejamento sustentável.

Novas formas de organização empresarial

As redes de cooperação, os arranjos locais e as organizações virtuais, envolvendo corporações transnacionais, micro, pequenas e médias empresas, cooperativas etc.

A ecoinovação não precisa ser disruptiva, ou seja, não precisa transformar o mercado, o setor existente ou redefinir seu funcionamento. Ela pode ser menor, mais simples e baseada em pequenas mudanças que geram impacto socioambiental.

Se cada empresa fizer a sua parte, o resultado será a diminuição dos efeitos negativos da atividade corporativa no planeta.

Dica

O documentário Uma verdade inconveniente, lançado em 2006 e vencedor de cinco prêmios Oscar, incluindo o de melhor documentário, demonstra um exemplo de efeito negativo da atividade corporativa no planeta, que é o caso do efeito estufa.

Quer ver alguns exemplos de como aplicar ecoinovação no seu cotidiano?

  • Você pode passear no parque usando o serviço de locação de bicicletas motorizadas.
  • Você também pode ir para o trabalho usando o serviço de locação de patinetes motorizados.

Esses exemplos mostram como diferentes empresas aproveitaram a onda dos aplicativos e identificaram nas dificuldades de mobilidade urbana, no trânsito que faz muitos brasileiros perderem horas do seu dia, a oportunidade de oferecer esse tipo de transporte alternativo. Você já experimentou?

Outro conceito que articula as relações entre organizações, ecossistemas e sociedade é o de ecogestão. Nesse conceito, além de se preservar o meio ambiente, deve-se cuidar da relação com as pessoas ao seu redor, sejam clientes, fornecedores ou moradores da comunidade do entorno. Organizações que se relacionam com outras, mesmo que sejam as suas concorrentes, de forma harmoniosa e respeitosa, também estão nesse caminho.

Cuidar das relações com as pessoas e demais organizações é um passo para a construção ou manutenção de um ecossistema saudável, equilibrado e harmonioso. O cenário é propício para relações favoráveis com a sociedade, construindo uma imagem sólida e coerente com as práticas da organização.

A ecogestão precisa estar alinhada à estratégia da organização e ser parte da filosofia da companhia. Além disso, deve acontecer em todas as áreas e departamentos, sendo o fio condutor das tomadas de decisão e de processos de transformação nas áreas de marketing, finanças, gestão de pessoas ou produção e operações. No caso da área de produção, um fator relacionado à ecogestão é a mudança no paradigma, saindo da lógica de produção enxuta, cujo foco é redução de desperdícios no processo produtivo, para a da produção sustentável, minimizando custos ambientais e sociais.

Exemplo

A Samsung é um caso de empresa que adotou um sistema de ecogestão com o slogan Planet First.

Planet first

Para conhecer o sistema de ecogestão da Samsung, busque em seu navegador a política de sustentabilidade da empresa. Procure o slogan PlanetFirst: A Terra é a nossa prioridade, e saiba qual sua filosofia, sua visão e seu objetivo. Você encontrará, também, as regras e diretrizes das ações na empresa; o processo de certificação dos produtos; informações ecológicas sobre os produtos; e o status da certificação de local de trabalho.

É na contramão do consumismo que surge o minimalismo, um modelo de consumo sustentável, que tem como pano de fundo a preocupação com o meio ambiente, apostando na redução de produtos e na vivência de mais experiências. Além disso, existem inúmeras outras tendências de negócios sustentáveis. Foi nessa linha que a FIESP publicou o Guia Produção e Consumo Sustentáveis: tendências e oportunidades para o setor de negócios. Esse documento fala sobre a produção e o consumo como fator de competitividade em um mercado de concorrência crescente. Apresenta também alternativas em produção e consumo sustentáveis e oportunidades de negócios para as empresas, como a lógica de menos resíduo e mais produção e a gestão sustentável na cadeia de valor.

Guia Produção e Consumo Sustentáveis: tendências e oportunidades para o setor de negócios

Esse guia foi criado a partir de uma parceria entre a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e tem como objetivo engajar o setor industrial do Brasil na promoção de políticas e práticas sustentáveis na produção e no consumo, especificamente as médias e pequenas empresas.

Um exemplo bem conhecido é a alimentação vegana. Há pessoas que querem se alimentar de forma saudável, mas não sabem como cozinhar ou não têm tempo. Portanto, investir nessa área pode ser interessante. Ao criar alimentos congelados saudáveis ou fazer entregas, as chances de ter um bom público podem ser grandes.

Existem diversas formas de empresas cooperarem entre si. Dentre as mais conhecidas, temos as parcerias entre empresas e governos; e empresas que estabelecem parcerias para o fornecimento de materiais e equipamentos específicos. Você já imaginou que empresas concorrentes também podem estabelecer parcerias entre si? Então analise a situação a seguir.

Confira agora o projeto de duas empresas que atuam no mesmo segmento.

Você, como gestor de uma das empresas, o que faria diante dessa situação? Apoia a parceria, pois aposta no crescimento da empresa, ou rejeita a parceria, pois acha que é um risco alto?

Resposta

De fato, essa é uma decisão estratégica que precisa ser tomada levando em consideração diversas variáveis. Algumas empresas, por exemplo, que aderiram a esse tipo de parceria, interromperam seu acordo e venderam suas operações. Apesar de parecer uma nova modalidade, esse tipo de parceria já existe e vem ganhando cada vez mais força. Por meio da colaboração, as empresas tornam-se mais competitivas, considerando que são concorrentes do mesmo setor, e com isso conseguem reduzir os custos de produção, com consequente aumento de suas receitas. O movimento de cooperar para competir no ambiente empresarial tem relação direta com a busca de estratégias mais eficientes, e as empresas já descobriram que essa jornada colaborativa pode ser um caminho para a manutenção da vantagem competitiva sustentada.

Objetivos globais para o desenvolvimento sustentável

Ao longo dos anos, as empresas transformaram suas políticas e práticas influenciadas por tendências locais ou internacionais. Com a globalização, as decisões tomadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas, como a adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) pelos 193 Estados-membros, imediatamente reverberam nas políticas e práticas de organizações do mundo todo. Veja a seguir a descrição dos 17 objetivos:

1 Erradicação da pobreza
2 Fome zero e agricultura sustentável
3 Saúde e bem-estar
4 Educação de qualidade
5 Igualdade de gênero
6 Água potável e saneamento
7 Energia limpa e acessível
8 Trabalho decente e crescimento econômico
9 Indústria, inovação e infraestrutura
10 Redução e desigualdades
11 Cidades e comunidades sustentáveis
12 Consumo e produção responsáveis
13 Ação contra a mudança global do clima
14 Vida na água
15 Vida terrestre
16 Paz, justiça e instituições eficazes
17 Parcerias e meios de implementação

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e suas 169 metas são um direcionamento para a nova Agenda Universal. Eles buscam concretizar os direitos humanos e alcançar a igualdade de gênero. São integrados, indivisíveis e equilibram as dimensões econômica, social e ambiental do desenvolvimento sustentável.

Os objetivos e metas estimularão a ação para os próximos 15 anos em áreas de importância crucial: pessoas, planeta, prosperidade, paz e parceria.

(ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2015, n.p.)

Vale ressaltar que a ONU criou a Agenda 2030: um plano de ação para as pessoas, planeta e prosperidade, buscando fortalecer a paz universal com mais liberdade. A ideia é que todos os países e partes interessadas atuem em parceria na implementação desse plano. As empresas que alinharem suas ações aos objetivos e metas propostos na Agenda 2030 terão um diferencial competitivo internacionalmente.

ONU

A Organização das Nações Unidas, também conhecida pela sigla ONU, é uma organização internacional formada por países que se reuniram voluntariamente para trabalhar pela paz e o desenvolvimento mundiais.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

Discutimos o papel do gestor no contexto dos mercados globalizados, caracterizados pela quebra das barreiras organizacionais e abertura de outras possibilidades de negócios. Também destacamos como a transformação digital poderá afetar o ambiente de trabalho nos próximos anos.

Você aprendeu a desenvolver novos negócios dentro uma perspectiva sustentável, como é o caso do ecoempreendedorismo, que cresce no meio corporativo a partir da criação de negócios específicos para atender às demandas da comunidade, solucionar problemas e minimizar impactos socioambientais, visando à construção coletiva de um ecossistema saudável, equilibrado e harmonioso para todos nós.

Ouça agora as tendências que permeiam o ambiente organizacional na atualidade.